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Missão se prepara para resgate de outro prisioneiro das Farc

Após o resgate do soldado colombiano Josué Daniel Calvo, prisioneiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desde 2009, o próximo passo da missão formada por colombianos e brasileiros é o resgate do cabo Pablo Emilio Moncayo, o prisioneiro mais antigo da guerrilha colombiana.

O resgate será realizado nesta terça-feira (30), pela mesma comitiva que resgatou o soldado Calvo, sendo ela formada pela senadora Piedad Córdoba; por Hernándo Gómez, da organização Colombianos e Colombianas pela Paz; pelo monsenhor Leonardo Gómez, representante da Igreja Católica; por Alan Jara, governador de Meta, por membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além de representantes brasileiros.

A comitiva humanitária chegou nesta segunda-feira (29), em helicóptero brasileiro, ao aeroporto Gustavo Artunduaga Paredes, localizado em Florência, departamento de Caquetá. Para que a operação seja realizada com sucesso e tranquilidade, o governo colombiano já confirmou que cessaria as atividades militares na selva colombiana na tarde desta segunda-feira, conforme garantiu no Protocolo de Segurança.

O cabo Moncayo é hoje o prisioneiro mais antigo das Farc. Sua prisão aconteceu em 21 de dezembro de 1997, quando as Forças Revolucionárias tomaram a estação de telecomunicações do Exército em Cerro Patascoy, no departamento de Nariño, zona que faz fronteira com o Equador.

Sua libertação foi divulgada pelas Farc em 16 abril de 2009, no entanto, será concretizada quase um ano depois. Pablo Emilio Moncayo será aguardado por sua família em Caquetá.

Atualmente, 24 militares e policiais estão detidos pelas Farc sem que haja novas possibilidades reais de libertação. A proposta das Farc é que os presos que interessam à Colômbia poderiam ser trocados por cerca de 500 membros das Forças Revolucionárias que estão presos em poder do governo colombiano.

Após o segundo resgate, ainda restará a entrega dos restos mortais do major da Polícia, Julián Ernesto Guevara Castro. Apesar de assegurar que a entrega vai acontecer, as Farc decidiram por adiar a operação por causa de intensas atividades militares do Exército colombiano onde os restos mortais estão localizados.

Organizações que participaram da operação de libertação lamentaram a pouca cobertura dada pela pelos meios de comunicação colombianos.

Em entrevista à ABN, Juan Carlos Tanus, de Colombianos e Colombiana pela Paz, afirmou que o império midiático eliminou a possibilidade de a população colombiana se alegrar, da mesma forma que os familiares, com a libertação de Calvo e com a de Moncayo, que em breve acontecerá.

Da redação, com informações da Telesur