Centrais preparam ato em São Paulo pelas 40 horas dia 13
As centrais sindicais devem realizar na próxima terça-feira (13) uma manifestação conjunta em defesa da redução da jornada pra 40 horas semanais sem redução de salários em São Paulo. Os sindicalistas pretendem reunir 20 mil pessoas em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias Paulistas), na Av. Paulista. Os sindicalistas estão combinando atos públicos nas capitais e em Brasília com negociações diretas nas empresas.
Publicado 08/04/2010 17:52
Os metalúrgicos de São Paulo (ligados à Força Sindical) também preparam uma onda de paralisações nas indústrias a partir da próxima semana reivindicando a redução da jornada para 40 horas semanais. O movimento não começou nesses dias e já vem colhendo vitórias.
Acordos
Segundo Miguel Torres, presidente do sindicato da categoria, foram fechados 25 acordos de redução da jornada, entre janeiro e março deste ano, que beneficiam 5.800 trabalhadores. Esses acordos preveem a redução gradativa da jornada, para que as empresas possam programar a produção com menos horas de trabalho. O ato na Paulista também visa pressionar a Fiesp a abrir negociação sobre a jornada de 40 horas.
Sindicalistas vinculados à Força Sindical também estão mobilizados pela redução da jornada na General Motors de Gravataí. As negociações entraram num impasse e os metalúrgicos montaram há 3 semanas um acampamento diante da fábrica para pressionar a empresa.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Valcir Ascari, diz que a empresa continua intransigente. “Eles estão irredutíveis e ainda tentaram nos empurrar o contrato por período determinado, o que não queremos”, afirmou. A semana será decisiva para as negociações. Na sexta-feira a categoria realiza uma nova assembleia no local com o objetivo de discutir pontos para apresentação de uma contraproposta.
Desde o dia 17 de março o grupo montou acampamento no local como forma de pressionar os patrões. O caminhão de som permanece no local para o debate das ações do sindicato. Os trabalhadores se revezam no local, reivindicando, entre outras questões, redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Além disso, pedem 5% de aumento real nos salários para funcionários da GM e empresas sistemistas e reivindicam abono salarial superior a R$ 1.350, aumento no PPR (participação nos resultados) e ampliação da política de creche.
Da redação, com agências