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Alba decide impulsionar o Tratado de Comércio dos Povos

Autoridades indígenas e afrodescendentes que participam da 10ª Cúpula da Aliança para os Povos de Nossa América (Alba), que ocorre nesta sexta (25) na cidade de Otavalo (Equador), decidiram implementar o Tratado de Comércio dos Povos (TCP).

Depois dos debates em quatro mesas de diálogo, realizadas quinta (24), as delegações chegaram ao consenso de que chegou a hora de impulsionar esse acordo de comércio justo para os povos.

Integração crescente

Em oposição aos Tratados de Livre Comercio (TLC) propostos pelos EUA e União Europeia, o TCP não seguirá uma lógica mercantilista e tende a estimular a troca de produtos, bens e serviços entre os países membros da Alba (Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, San Vicente e as Granadinas, Venezuela e Antigua e Barbuda).

A vice-ministra do Poder Popular para a Mulher e Igualdade de Gênero da Venezuela, Norma Romero, disse ao diário El Ciudadano que devido ao fortalecimento da região com a crescente integração de seus países, "já não se pensa em acordos pequenos mas sim em tratados macros que beneficiem os povos que conformam este organismo".

Comércio sem intermediários

"Comercializar diretamente entre povos da Alba sem intermediários, essa é a proposta que vamos levar aos presidentes e o que temos construído aqui", afirmou Romero. A ministra venezuelana destacou que o Tratado de Comércio para os Povos, além de produtos alimentícios, abarcará bens e serviços relacionados com infraestrutura, transporte, eletricidade e a abertura de pontes aéreas que permitam a interconexão direta entre países irmãos.

Destacou que o acordo favorecerá a comercialização de produtos sem intermediários e livres de impostos. Nesta sexta-feira (25), deverá ser aprovado nesta cidade andina, localizada a cerca de 100 quilômetros de Quito, a Declaração de Otavalo.

A Alba e o Tratado Comercial dos Povos configuram uma aliança político-estratégica cujo propósito histórico é unir as capacidades e fortalezas dos países que a integram, para produzir transformações e atingir seu desenvolvimento integral na região.

Fonte: Prensa Latina