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Serra visita Amazonas onde tem o maior índice de rejeição do país

O candidato demo-tucano à Presidência da República, José Serra, chega nesta sexta (20) ao Amazonas onde participa de encontro com empresários no Hotel Tropical de Manaus. Ele tem a difícil missão de acabar com sua imagem de inimigo número um da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Esse perfil, segundo analistas locais, contribuiu para que o candidato amargue no Amazonas o mais alto índice de rejeição do país, acima de 30%.

O eleitor amazonense viu no ex-governador de São Paulo o maior articulador no Congresso Nacional para derrubar os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, o principal modelo econômico do Estado.

Na época de Fernando Henrique Cardoso, o Polo Industrial de Manaus foi reduzido a 30 mil trabalhadores, ante os mais de 100 mil que hoje estão empregados.

Ainda no período FHC, houve a aprovação da Lei de Informática que inviabilizou a produção local de computadores, celulares e monitores de vídeo. Todo esse legado é colocado sob a responsabilidade do PSDB.

Estratégia tucana

Para amenizar sua rejeição no Estado, Serra deu entrevistas para imprensa local dizendo que é defensor dos incentivos fiscais permanentes para a Zona Franca de Manaus, a perenização.
É o que ele vai dizer a empresários e trabalhadores da Moto Honda da Amazônia, atendendo a um apelo feito pelo seu correligionário Arthur Virgílio Neto, atual senador que foi acusado pela mídia nacional de traí-lo.

"O Serra precisa fazer campanha lá, ou vai levar uma surra pesada no Estado. Eu não posso operar milagres. Sou leal, mas não sou mágico e não hipnotizo ninguém”, admitiu o senador em entrevista ao Estado de S.Paulo.

De Manaus,
Iram Alfaia