Chávez denuncia escalada de campanha midiática contra Venezuela
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, denunciou a escalada da campanha midiática contra seu país, destinada a criar um caos interno no preâmbulo das eleições parlamentares de setembro. Na opinião do estadista, chama a atenção a estratégia de difamação e intriga que está em curso na arena internacional, alentada por setores contrários ao processo de mudanças conhecido como Revolução Bolivariana.
Publicado 29/08/2010 16:43
"Alerto ao povo: eles contam com poderosas ferramentas e vão utilizá-las a fundo na mesma medida em que nos aproximemos das eleições legislativas", sublinhou o mandatário em sua habitual coluna dominical.
Como exemplo das mais recentes manipulações, mencionou o documentário entitulado "Os guardiães de Chávez", ao qual qualificou como um conjunto de grosseiras mentiras. O vídeo, transmitido por canais espanhóis e pela CNN tenta apresentar provas sobre a suposta presença na Venezuela de guerrilheiros provenientes da Colômbia, acusação que é a raiz da crise bilateral que se instalou durante os últimos dias do mandato de Álvaro Uribe.
"Finalmente colocaram-no em Youtube e, em 24 horas, já se registravam 45 mil 530 reproduções. Aquilo foi uma verdadeira conflagração especializada e poderosíssima, orientada a fazer o mundo crer que o governo venezuelano é ilegítimo e terrorista", enfatizou.
O presidente recusou, ainda, a difusão, pela CNN, de outro material sobre a linha aérea estatal Conviasa e seus vôos a Damasco e Teerã. "De novo um rosário de falsidades: que não há controle das aduanas no Médio Oriente e, por isso, viajam suspeitos que vêm nos preparar para ações terroristas; que a Venezuela é a rota perfeita para árabes islâmicos ingressarem em Nossa América; que, da Maiquetía, os aviões partem carregados de urânio para o Irã", enfatizou.
Chávez sublinhou ainda que a reportagem seja de divulgação recente, a linha editorial tinha sido difundida anteriormente em sites e jornais europeus.
O jornal italiano A Stampa reportou que "os vôos Caracas-Teerã serviam para transportar material militar e tecnologia nuclear para a Síria, e evitavam os controles das Nações Unidas e, em troca, estaríamos recebendo aqui armamento bélico e apoio para atividades de inteligência, vejam vocês, compatriotas, por onde vêm os tiros e o quão duramente nos estão atacando internacionalmente", advertiu.
Outra das manipulações midiáticas denunciadas pelo mandatário foi a recente publicação de um artigo em The New York Times, relacionado com o tema da insegurança no país. "Em que cabeça é possível comparar a dimensão da violência desatada no Iraque, resultado de uma invasão genocida, com o problema estrutural da insegurança em nossa nação, originado pelas brutais desigualdades que herdou o atual governo, e que hoje estamos enfrentando com a maior firmeza e rigor?, perguntou-se.
Fonte: Prensa Latina