Brasil está disposto a ajudar na libertação de reféns das Farc
O Brasil está disposto a colaborar na libertação de cinco reféns, anunciada pela guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), revelou esta quinta-feira o porta-voz da Cruz Vermelha colombiana, Pascal Jaquier.
Publicado 10/12/2010 06:00
"Fizemos contatos preliminares com o Brasil e recebemos uma resposta positiva. O Brasil está disposto a colaborar no processo" de libertação, disse Jaquier.
A Cruz Vermelha ainda não recebeu o "requerimento oficial" do governo colombiano e das Farc "para participar do processo", mas "como sempre, estamos à disposição", acrescentou.
A guerrilha anunciou que libertará os cinco reféns e os entregará à ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, mas não definiu uma data. Jaquier não quis definir prazos, afirmando que estes processos "levam tempo".
A participação do Brasil em procedimentos similares seria a terceira do país na Colômbia. Em duas ocasiões anteriores, forneceu helicópteros e tripulações para buscar reféns das Farc na selva colombiana.
Córdoba, que foi cassada sob a acusação de vínculos com as Farc, participou de 14 libertações de reféns desde 2008, com o apoio da Cruz Vermelha e da Igreja Católica. No começo de novembro, numa clara demonstração da mutilação da democracia na Colômbia, foi destituída pelo Congresso depois que a procuradoria (Justiça administrativa) a sancionou com 18 anos de inelegibilidade ao considerar que ultrapassou o papel de mediadora em anteriores libertações de reféns das Farc.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, autorizou esta quinta-feira a participação de Córdoba no processo e assegurou que o governo dará garantias de segurança para que as libertações ocorram.
Os reféns que devem ser libertados são o major da polícia Guillermo Solórzano, o cabo do Exército Salín Sanmiguel, o infante da Marinha Henry López Martínez e os vereadores Marcos Vaquero e Armando Acuña, sequestrados entre 2007 e 2010.
Com agências