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Aliados de Maia podem formar bloco para compor a Mesa Diretora

Os 21 partidos que apoiam a candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Câmara estão prontos para formar um “super-blocão”. O coordenador da campanha de Maia, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que se houver alguma tentativa de formação de blocos que ameacem o acordo de proporcionalidade partidária na composição da Mesa Diretora poderá haver, em resposta, a formação de um único bloco.

“Nós não queremos prejudicar ninguém, só queremos garantir a proporcionalidade”, disse o deputado, após reunião nesta quarta-feira (26) com líderes e representantes partidários. Eles reafirmaram a sua intenção de manter o acordo feito em torno da divisão proporcional dos cargos da Mesa e das comissões.

“Queremos manter o acordo no sentido de preservar a proporcionalidade, o que tem sido feito até agora. Para nós, o acordo está mantido”, afirmou o novo líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), que descartou qualquer mudança de posição diante de uma nova candidatura.

Para garantir o acordo, Chinaglia afirmou que os partidos estarão “com a mão no gatilho”, ou seja, terão colhido as assinaturas necessárias e suficientes autorizando a formação de blocos. “Se alguém entender que é mais esperto que todos os outros, estaremos prontos para reagir e garantir a proporcionalidade, que é o resultado das urnas”, disse.

Melhor solução

Ficou acertado que um grupo de deputados vai analisar as possíveis mudanças no quadro eleitoral da Casa e a melhor solução para cada cenário possível. O problema da criação de blocos, lembrou Chinaglia, é que o bloco vale para toda a sessão legislativa (o que equivale a um ano de atividade parlamentar). Ou seja, se o PT e o PSDB, por exemplo, formarem um bloco, poderão até desfazê-lo no dia seguinte à eleição, mas não poderão formar ou integrar outro na mesma sessão legislativa.

Chinaglia foi questionado se o PT vê problemas na possibilidade de o PSDB, de oposição, reivindicar a 1ª Secretaria da Câmara. Ele lembrou que, durante a sua presidência, o 1º vice era o deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG) e não houve problemas. Ele também afirmou que o possível indicado pelo partido, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), é um parlamentar de fácil diálogo.

Ele disse que o PMDB ainda não se manifestou sobre a sua preferência entre a 1ª Vice-presidência e a 1ª Secretaria. O partido tem prioridade de escolha, porque tem a segunda maior bancada da Câmara, depois do PT. A terceira maior é a do PSDB.

Com Agência Câmara