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Mubarak rechaça pedidos de renúncia à presidência do Egito

O presidente do Egito Hosni Mubarak se negou nesta quinta-feira a pedir a renúncia ao cargo, alegando temer "que se produza o caos" no país, em entrevista dada à cadeia de televisão americana ABC.

As declarações do mandatário, que serão divulgadas na íntegra no próximo domingo (6) ocorrem durante as manifestações de milhares de pessoas nos últimos 10 dias, exigindo que deixe o governo do país.

Após várias manobras para enfrentar a crise, Mubarak insistiu durante um discurso esta semana que "está cansado de ser presidente" e que gostaria de deixar seu posto após as eleições de setembro.

O dirigente, de 82 anos, se encontra à frente do Estado há já 30 anos e, atualmente, enfrenta uma revolta contra si, com a ocorrência de violentos conflitos na praça Tahrir, na cidade do Cairo.

"Os conflitos de quarta me deixaram muito infeliz. Não gosto de ver egípcios lutando entre si", assinalou Mubarak à cadeia ABC, aludindo aos episódios de violência perpetrados por seguidores do governo contra manifestantes que exigiam sua saíde;

O dirigente, que já expressou sua decisão de permanecer no país, assegurou que nunca "fugiria" e que morrerá "em solo egípcio".

Ao mesmo tempo, cresce a pressão internacional para que comece uma imediata transição política, algo que foi destacado pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

Hillary pediu a Mubarak e à oposição que comecem negociações sérias para uma entrega do poder.

A Fraternidade Muçulmana, principal força de oposição no Egito, rechaçou de maneira absoluta o diálogo com o governo, algo que foi ventilado pelo atual vice-presidente Omar Suleiman, de acordo com o que assegurou Mohamed Mursi, porta-voz da organização.

Fonte: Prensa Latina