Sem categoria

Grupos estudantis pedem julgamento público de Mubarak no Egito

Integrantes de grupos revolucionários do Egito promoveram nesta sexta-feira (15/04) uma manifestação em favor do julgamento público do ex-presidente Hosni Mubarak, de 82 anos, que deixou o poder em 11 de fevereiro. No começo desta semana, a Justiça do país determinou as prisões preventivas de Mubarak e seus dois filhos por 15 dias. As informações são das agências públicas de notícias da Argentina, a Telam, e de Portugal, a Lusa.

“Pedimos um julgamento público transmitido pela televisão”, disse Isra Abdel Fattah, da Associação da Juventude Revolucionária. “É difícil acreditar nisso, mas Mubarak vai ser o primeiro chefe de Estado em toda a história do Egito a responder por crimes contra o seu próprio povo”, acrescentou Muataz Abdel Karim, da juventude da Irmandade Muçulmana.

No último dia 12, Mubarak foi detido para investigações. Pelas leis egípcias, há a possibilidade de as condenações levarem o ex-líder à forca. O julgamento pode durar pelo menos um ano. Porém, o ex-presidente está internado na UTI de um hospital internacional, na cidade balneária de Sharm el Sheik. Em seguida, a Procuradoria-Geral egípcia determinou sua transferência para um hospital militar.

O procurador-geral do Egito, Mahmoud Abdel Magid, não revelou o nome do hospital para onde Mubarak será transferido. Mas uma das hipóteses levantadas pela imprensa é que seja o Centro Internacional das Forças Armadas, localizado a 40 quilômetros do Cairo.

Mubarak é acusado de corrupção, abuso de poder, desvio de recursos públicos e violações dos direitos humanos. Muitos destes atos, segundo as denúncias, ocorreram no período que ele enfrentou as manifestações no Egito e que acabaram por provocar sua renúncia.

De acordo com informações extraoficiais, Mubarak teria sofrido uma parada cardíaca no momento que prestava esclarecimentos às autoridades da Justiça. Não há confirmação oficial sobre a causa de sua hospitalização. Já os filhos do ex-presidente, Gamal e Alaa, foram levados para uma prisão onde ficavam os dissidentes políticos do governo Mubarak.

Fonte: Opera Mundi