Divisão entre rebeldes: chefe das milícias é detido na Líbia
O chefe das milícias amotinadas na Líbia, Abdul Fatah Younis, foi detido na quarta-feira (27) por funcionários do irregular Conselho Nacional Transitório (CNT) segundo denunciou nesta quinta-feira à Agência Efe um de suas guarda-costas, acrescentando que ainda não tiveram notícias sobre seu paradeiro.
Publicado 28/07/2011 15:10
Younis, que foi ministro do Interior do regime do líder líbio, Muammar Kadafi, desertou para o lado amotinado em 22 de fevereiro e assumiu a direção dos bandos militares dos amotinados.
Um de seus seguranças, Abdullah Baio, explicou que Younis estava na frente de Brega, no leste do país, quando homens do CNT o levaram, enquanto ainda não se pronunciaram sobre o episódio.
"Foi à linha da frente (de Brega) para 'levantar a moral' dos soldados, mas desapareceu depois que um carro do CNT apareceu. Não me levou com ele quando entrou no carro, e não deu nenhum sinal até agora", comentou Baio.
O segurança, que desconhece as razões pela quais Younis estaria detido, explicou que em resposta ao sucedido seus homens retrocederam 10 quilômetros na frente de Brega.
"Se não o soltarem, nós o libertaremos. Somos seus homens, seus filhos", ameaçou o segurança, que promete usar armas para libertar seu chefe.
Além disso, o segurança disse que recebeu a informação que Younis foi levado pela brigada 17 de Fevereiro, dirigida por Fawzi bu Katef.
O quartel desta brigada estava completamente vazio nesta quinta-feira, como foi constatado pela Efe, e um de seus soldados informou que haviam recebido a ordem para evacuar as instalações até segundo aviso.
Amotinados ligados a Younis se concentraram na frente da sua casa para exigir sua libertação.
Por sua parte, o site rebelde "al-Manara para a Informação" relatou a "detenção de Younis" e detalhou que o chefe do Estado-Maior dos rebeldes foi interrogado por quatro juízes, no entanto não revela os motivos da prisão do desertor.
Com informações da EFE