Taxa de desemprego permanece estável em julho, segundo Dieese
Em julho, a taxa de desemprego para o conjunto de regiões acompanhadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) ficou em 11,0%, mesmo patamar registrado no mês anterior.
Publicado 01/09/2011 18:31
A pesquisa é realizada pelo convênio mantido entre Departamento de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) e a Fundação Seade, com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais (Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo). Em julho de 2010, a taxa chegava a 12,4%.
Desaceleração
Em comparação com o mês anterior, 81 mil pessoas incorporaram-se à população economicamente ativa (PEA), que assim somou 22.237 mil pessoas. Em relação a igual período em 2010, a PEA teve aumento de 232 mil pessoas. Já o número de desempregados foi estimado em 2.441 mil, o que representa 14 mil a mais que em junho e 228 mil a menos do que em julho de 2010.
O nível de ocupação, em julho, teve variação de 0,3% com a criação de 67 mil ocupações. O número é insuficiente para atender as 81 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho e reflete a desaceleração da economia. O total de postos de trabalho chegou a 19.796 mil, o que representa o crescimento de 2,7% – ou a abertura de 519 mil vagas – em comparação com um ano atrás.
Renda em queda
Apenas o setor Serviços registrou fechamento de vagas em julho (-27 mil postos). Comércio, com 40 mil novas vagas e Indústria, com 36 mil, cresceram 1,2% no mês e apresentaram a maior evolução. Em 12 meses, porém, a Indústria registra desempenho negativo, com a eliminação de 13 mil vagas (-0,4%). Em números absolutos, também no período anual, o crescimento mais expressivo ocorreu nos Serviços, com a abertura de 270 mil vagas (2,6%). Já em termos relativos, o maior avanço ocorreu no comércio (5,5%), com a abertura de 173 mil postos.
Com relação aos rendimentos (que se referem a junho, último pagamento recebido pelos trabalhadores quando da pesquisa) o rendimento médio real dos ocupados no conjunto das regiões pesquisadas reduziu-se em 0,5%, equivalendo a R$ 1.356, enquanto o salário médio ficou estável em R$ 1.409. Em doze meses, o rendimento médio real de ocupados e assalariados variaram positivamente em 0,5% e 0,3%, respectivamente.
Fonte: Dieese