Amast quer responsabilidade criminal para Julio Lopes

A Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast) quer que o secretário de Transporte do Rio de Janeiro, Júlio Lopes, seja responsabilizado criminalmente pelo acidente com o bonde que matou seis pessoas e feriu mais de 50, no dia 27. No dia 5, morreu mais uma vítima do acidente.

O aposentado Alcides de Abreu Gonçalves, de 73 anos, estava internado em um hospital particular, na Tijuca, zona norte do Rio. Segundo a assessoria do hospital, Alcides teve traumatismo craniano. Oito pessoas continuam internadas em hospitais públicos e particulares.

A polícia continua ouvindo depoimentos de testemunhas, pessoas que estavam no bonde e funcionários da Central, a empresa do governo do estado responsável pelos bondes de Santa Teresa. No dia 4, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, fizeram nova perícia no local do acidente. O laudo será encaminhado para o delegado Tarcísio Jansen, titular da delegacia do bairro responsável pela investigação do caso.

O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou no dia 2 uma reunião para cobrar esclarecimentos da Secretaria de Estado de Transportes. Convidado, o secretário de Transporte Júlio Lopes não compareceu, por isso, os promotores se reuniram apenas com o Subsecretário de Transporte e presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes (Central), Sebastião Rodrigues.

No dia 15, haverá uma audiência pública na Alerj com a Comissão de Transportes da Casa. A Amast vai propor a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o caso.

A circulação dos bondes está suspensa desde o acidente. Para fazer um levantamento sobre a situação do sistema de bondes, o governador Sérgio Cabral nomeou uma comissão coordenada pelo presidente do Departamento de Transportes Rodoviário do estado (Detro), Rogério Onofre.