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ONU ordena retirada de 2.750 capacetes azuis do Haiti

O Conselho de Segurança da ONU determinou esta sexta-feira (14) a retirada de 2.750 capacetes azuis da Missão de Estabilização no Haiti (Minustah) para que se aproxime dos níveis de antes do terremoto de janeiro de 2010.

Desta forma, ficarão no Haiti cerca de 10.500 homens (7.340 soldados e 3.241 policiais), ante os 9.000 que a força tinha antes do terremoto de 12 de janeiro de 2012.

A retirada, que será realizada no transcurso dos próximos 12 meses, foi aprovada por unanimidade pelos 15 países-membros do Conselho de Segurança.

A ONU considera possível reduzir os efetivos da Minustah graças à apaziguada situação política em Porto Príncipe, com um novo presidente e um novo premier após vários meses de instabilidade.

Mobilizada desde junho de 2004 e comandada pelo Brasil, a missão da ONU conta com efetivos provenientes de 18 países, principalmente latino-americanos.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, havia confirmado em 19 de setembro durante encontro com o presidente haitiano, Michel Martelly, sua intenção de reduzir o contingente da Minustah aos níveis anteriores ao terremoto.

Acusada por vários epidemiologistas de ter levado ao Haiti o vírus da cólera, responsável por uma epidemia que deixou mais de 5.500 mortos no país, a missão está há algumas semanas no centro de um escândalo a partir da difusão, na internet, de imagens em que capacetes azuis uruguaios aparecem supostamente avusando de um jovem haitiano de 18 anos.

O número de capacetes azuis deslocados no mundo chega atualmente ao nível recorde de 120.000.

O novo chefe de operações da manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, considerou na quinta-feira que falta "reduzir (os efetivos) onde for possível".

Fonte: AFP