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ABGLT prepara 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia

Com o intuito de abordar o tema "Homofobia tem cura: educação e criminalização”, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) está mobilizando organizações e pessoas aliadas e todas as 257 organizações afiliadas da entidade para a realização da 3a Marcha Nacional Contra Homofobia, que será realizada no próximo dia 16 de maio, em Brasília.

As manifestações vão acontecer em frente ao Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Palácio do Planalto a partir de uma intensa mobilização. A entidade está também articulando a realização de uma audiência pública no Senado para debater o tema às 14 horas do dia 15 de maio.

O projeto de lei que criminaliza a homofobia , aprovado na Câmara, está tramitando no Senado e deve a votação adiada várias vezes em função da pressão da bancada evangélica que é contrária à matéria. O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), disse que o projeto será votado até o final do ano, ao destacar as matérias a que a comissão vai dar prioridade em 2012.

Paim disse haver boa vontade entre os parlamentares para a construção de acordo com a relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PT-SP), e o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), um dos críticos do projeto. Para o presidente da CDH, a opção sexual não pode ser motivo para discriminação, assim como deve ser garantido o direito de opinar sobre o tema.

Tentativa de acordo

“Vamos tentar resolver (o assunto) este ano. Não devemos permitir mais que a orientação sexual seja motivo de discriminação. Mas também devemos preservar o direito de os evangélicos e católicos manifestarem a sua visão sobre o tema, sem discriminar as pessoa”, ressaltou Paim.

De acordo com o substitutivo da senadora Marta Suplicy, quem não contratar ou não nomear ou dificultar a contratação ou nomeação de alguém que atenda às qualificações exigidas para o trabalho em razão de preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero poderá receber pena de reclusão de um a três anos. A pena também será aplicada a quem induzir à prática de violência de qualquer natureza por essas mesmas motivações.

O substitutivo também criminaliza a discriminação no mercado de consumo e na prestação do serviço público. Marta Suplicy excluiu a criminalização em caso de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião para atender a bancada evangélica que é contrária ao projeto.

De Brasília
Com agências