Militares recuam de críticas a Dilma sobre busca pela verdade
Os presidentes dos clubes militares da reserva das três Forças Armadas recuaram das críticas feitas à presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira (23) eles publicaram uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidente por não censurar declarações das ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e das Mulheres, Eleonora Menicucci sobre o esclarecimento de crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).
Publicado 24/02/2012 15:56
A presidente convocou o ministro da Defesa, Celso Amorim, para pedir explicações e este se reuniu com os comandantes das três Forças, que negociaram com os presidentes dos clubes da Marinha, Exército e Aeronáutica, a "desautorização" da publicação do documento, que foi colocado no site do Clube Militar, no último dia 16.
A divulgação do “manifesto interclubes” é uma reação dos militares à lei que cria a Comissão da Verdade — e buscará respostas para os crimes cometidos pelos militares durante os anos de chumbo.
Os presidentes dos Clubes da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, e da Marinha, almirante Ricardo da Veiga Cabral, disseram que em momento nenhum quiseram criticar a presidente Dilma e que a nota foi uma "precipitação", no momento em que os principais assuntos para a categoria, são a defasagem salarial e a necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas.
Nesta quinta-feira (23), o "comunicado interclubes" produzido a partir da reunião da semana passado foi retirado do site no início da tarde e por volta das 16 horas, colocada no ar um outro, dizendo que os presidentes desautorizavam o texto. Este desmentido, no entanto, não chegou a ficar meia hora no ar. O Clube do Exército, para tentar encerrar a polêmica, retirou a nota e o desmentido da nota, mas a polêmica já estava criada no meio militar.
Da redação,
com informações das agências