Após 27 horas, rebelião em presídio sergipano chega ao fim
Após 27 horas de negociação, a rebelião realizada pelos 470 internos do Complexo Penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho (Compajaf), que começou no início da tarde deste domingo (15), chega ao fim.
Publicado 16/04/2012 16:58

De acordo com informações da imprensa local, após negociação com o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, os presos cederam e libertaram os 128 reféns. Os policiais do Batalhão de Choque já estão dentro do presídio fazendo a revista dos presos.
Entre os reféns estavam três agentes, um deles foi libertado na manhã desta segunda-feira em troca de garrafões de água. Com o término da rebelião, o fornecimento de água potável foi restabelecido.
Em declaração à imprensa, João Eloy declarou que “boa parte das reivindicações feitas pelos rebelados é pertinente ao Poder Judiciário. Nós atendemos tudo que é possível e razoável e vamos, inclusive, apurar denúncias feitas por eles de possíveis maus-tratos”.
Entre os pontos atendidos estão a liberação de cinco presos sentenciados de forma progressiva para outra cadeia pública no Estado –nos próximos 15 dias ocorrerá uma audiência com todos os internos. O horário de visitação será ampliado para das 8h às 16h.
O secretário ainda afirmou que após o fim da rebelião, cinco presos foram transferidos para outro local que não foi divulgado por medida de segurança."Foi uma das exigências deles que foi prontamente atendida", disse Eloy.
Sobre a reivindicação de mudança da direção do presídio, o secretário de Segurança Pública informou que “não haverá mudança da direção do presídio nem da administração privada Reviver, que cuida da alimentação, limpeza e gestão em geral dos custodiados”, explicou.
O negociador da crise Marcos Carvalho confirmou que as negociações ocorreram de forma tranquila. “Não houve violência nem confrontos, conversamos e chegando a um acordo”, explica.
Policiais civis e militares de várias unidades especializadas continuam de prontidão na parte externa e na entrada da unidade prisional. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também estão presentes.
Com agências