França: Hollande recusa austeridade para enfrentar a crise
O presidente francês, François Hollande, recusou a austeridade como via para enfrentar a crise da dívida, ao inaugurar hoje aqui uma conferência social para analisar os principais desafios do país. Embora reconheceu a necessidade de diminuir o endividamento público, próximo aos 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), insistiu em que não é com o rigor, mas sim com o crescimento que serão solucionados os problemas.
Publicado 09/07/2012 16:03
A austeridade seria uma agressão, declarou Hollande ao referir-se às medidas impostas até agora na União Europeia e que têm provocado cortes de despesas sociais, demissões e privatizações.
O presidente, que assumiu o poder no dia 15 de maio, assinalou que a França precisa aplicar reformas para fazer possível a evolução do modelo social com o fim de atingir melhores garantias para seu sustentamento futuro.
Sobre os principais desafios de seu governo mencionou enfrentar o desemprego, que atinge a 10 por cento da população economicamente ativa, reduzir o déficit e recuperar a competitividade.
"A volta ao alto crescimento é uma obrigação se quisermos recuperar o nível de emprego", disse o chefe de Estado francês, que chamou todas as forças a se mobilizarem para conseguir estes objetivos nos próximos anos.
Segundo as estimativas publicadas hoje pelo Banco da França, o PIB do país contraiu-se 0,1 por cento durante o segundo trimestre de 2012.
A situação econômica e social será debatida na conferência de dois dias iniciada nesta segunda-feira e da qual participam cerca de 300 representantes do governo, dos sindicatos e a patronal.
Fonte: Prensa Latina