Crianças chinesas consomem mais alumínio do que o nível aceitável

Uma recente pesquisa que avalia os riscos alimentares mostra que cerca de 30% dos chineses consomem mais alumínio do que o nível aceitável. O problema é ainda mais grave entre crianças de 4 a 6 anos.

Mais de 40% ingerem a substância em excesso. Segundo o especialista em nutrição e segurança alimentar, Chen Junshi, as comidas industrializadas contribuem muito para o problema.

O consumo excessivo de alumínio pode afetar o sistema nervoso central e aumentar o risco de doenças como o Mal de Alzheimer, além de prejudicar o desenvolvimento do sistema nervoso dos bebês e crianças.

Segundo Chen, a aplicação de aditivos que contêm a substância no processamento alimentar é popular na China. Há 13 aditivos do gênero. A análise feita a partir dos cerca de 6 mil dados tirados de 11 tipos.

"As comidas que contêm alto teor de alumínio são farinhas e produtos derivados. O nível máximo definido pela Organização Mundial da Saúde é de 2 miligramas por quilo para cada semana. Descobrimos que 30% da população chinesa ultrapassa esse limite de consumo. O problema é mais evidente entre crianças de 4 a 6 anos. Para eles, a origem está nas comidas industrializadas."

Ainda de acordo com Chen, o consumo de alumínio no norte do país é em média, 4,6 vezes maior do que no sul. Com base no resultado da pesquisa, especialistas apresentaram sugestões aos departamentos de Saúde do país.

"Dezenas de aditivos que contêm alumínio são permitidos no processamento alimentar. No entanto, há sempre um uso excessivo entre os produtores de comidas industrializadas, como salgadinhos, chips e bolachas. A nossa sugestão é controlar a aplicação desses aditivos e a modificar o teor padronizado."

Conforme a sugestão apresentada pelos especialistas, o Ministério da Saúde da China começou a coletar a opinião do público sobre a questão.

Chen Junshi revelou ainda que a avaliação sobre os riscos do uso de ácidos graxos também está em fase de conclusão. O resultado será divulgado brevemente ao público.

Fonte: Rádio Internacional da China