Publicado 23/11/2012 11:08 | Editado 04/03/2020 16:47

O protesto dos estudantes do Cesc/Uema, na terça-feira passada, dessa vez em solidariedade aos funcionários das empresas terceirizadas que prestam serviço à instituição educacional, os quais há meses não sabem o que é receber o próprio salário, não sensibilizou o governo Roseana Sarney (PMDB).
O que já era previsível, pois o município de Caxias não consta em nenhuma das chamadas prioridades da gestão estadual. Mas aos universitários não resta outra saída senão continuar a botar a boca no trombone. E isso o pessoal do DCE tem feito a cada vez que o Cesc/Uema é ameaçado de se tornar pior do que já é. Agora, dada a insensibilidade de um governo que praticamente extinguiu a Princesa do Sertão de quaisquer ações administrativas relevantes, o que fazer para que o campus estadual não vá completamente à bancarrota? Radicalizar nos protestos? Estender os protestos até a capital? Fazer caixão e, de novo, o enterro simbólico de Roseana Sarney?… Todas essas alternativas e outras são discutidas, mesmo que ao final ‘Branca’ permaneça insensível…
O que causa espécie e chama atenção, porém, é o fato de o professorado do Cesc/Uema e o corpo efetivo de servidores, também vítimas diretas do descaso que a instituição sofre, se manterem calados e alheios ao que acontece… Como se fossem uma ilha de prosperidade em meio ao oceano de problemas que o campus enfrenta.
A falta de unidade na luta pela causa que pertence a todo o complexo acadêmico, no entanto, é apenas mais uma demonstração do quanto os ditos segmentos esclarecidos da Princesa do Sertão ou são individualistas ou são sem organicidade e compromisso com o que se define pomposamente na expressão ‘coletivo’… Como a dizer, se eu estou na boa, por que vou me meter na desgraça alheia?
Fonte: Jornal Pequeno