Consumo interno será maior força para crescimento chinês
Com a chegada do fim do ano, o consumo interno na China está se aquecendo. Em 2012, o desempenho do consumo da população chinesa superou muito o esperado e se tornou a principal força motriz para o crescimento da economia nacional, que ficou abaixo do nível do ano passado.
Publicado 06/12/2012 15:00
Para analistas, o consumo interno deve manter um crescimento estável no ano que vem, mas o país precisa acelerar a reforma do sistema de distribuição de renda para explorar novos pontos de crescimento.
Jovens chineses consideram, pela forma dos números, a data 11 de novembro como o "Dia dos Solteiros". Nos últimos anos, esta data tem puxado uma enorme onda de compras online. Plataformas como Taobao, 360buy e Suning.com lançam promoções especiais para atrair os consumidores.
O senhor Chen, de Pequim, aproveitou o Dia dos Solteiros e comprou muitos utensílios de uso cotidiano.
"Fiz compras no dia 11 de novembro e minhas encomendas chegaram com pelo menos dez pacotes via correio. Gastei mais de dois mil yuans. São baratos com as promoções."
Depois de 11 de novembro, os shoppings na China começaram a se dedicar às promoções de Natal e Ano Novo, época considerada "dourada" para o varejo do país. Em Xangai, a maior metrópole chinesa, até os homens aderiram à onda de fazer compras. Em um shopping center da cidade, um estudante estava com cinco bolsas na mão e gastou mil yuans em menos de trinta minutos.
"Vim comprar sapatos, mas vi que muitas coisas estão com desconto. Então comecei a gastar."
Segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China, as vendas de varejo nos primeiros três trimestres superou 14,9 trilhões de yuans, um aumento de 14,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para analistas, a aumento anual deve atingir 14,2% com o fervor do consumo no final do ano. Levando em consideração do fator de inflação, o aumento real deve ficar em torno de 11,7%.
Para economistas, o fato mostra que as políticas promovidas pelo governo para ampliar o consumo interno já surtiram efeito.
Para Yu Bin, chefe do Departamento para Macroeconomia do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa do Conselho de Estado chinês, o consumo interno vai permanecer alto no próximo ano, mas o país precisa acelerar a reforma do sistema de distribuição de renda, para melhor explorar o potencial do setor.
"O país precisa primeiro aperfeiçoar seu sistema de seguridade social. Assim, a população ficará mais preparada para gastar dinheiro. Além disso, deve-se elevar a proporção da renda da população em relação ao PIB. O governo precisa também trabalhar na redução da disparidade de rendimentos do povo."
Fonte: Rádio Internacional da China