Validação de diploma de Medicina está em discussão no Governo
Uma nova alternativa para facilitar a validação de diplomas de Medicina obtidos no exterior está em discussão no governo federal. A ideia é alterar a metodologia do Revalida, exame exigido de profissionais interessados em trabalhar no País.
Publicado 11/02/2013 11:32
Pela proposta, a definição do padrão de dificuldade das questões, hoje atribuição de professores e médicos, passaria a ser feita por alunos no fim do curso.
Defensores da mudança afirmam que a medida tornaria o exame mais justo. “Não faz sentido aplicar uma prova mais difícil para médicos que se formam no exterior. O padrão tem de ser o mesmo”, afirma o deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE), que acompanha as discussões.
O número de brasileiros interessados em validar o diploma no Brasil deve crescer. Depois de Bolívia e Cuba, a Argentina é o novo destino de estudantes que desejam cursar Medicina, mas não conseguem vaga em uma universidade pública e não têm recursos para pagar um curso particular, cuja mensalidade custa, em média, R$ 5 mil.
Processo
Para preparar a prova, questões são classificadas como de baixo, médio e alto grau de dificuldade. Nos Exames Nacionais de Desempenho de Estudantes (Enade) e do Ensino Médio (Enem), o padrão de calibragem das questões é feito por meio da análise de desempenho de testes aplicados a estudantes.
Quando a tarefa é desempenhada por professores e profissionais em atividade, dizem defensores da tese, o grau de dificuldade do exame naturalmente é mais elevado. “Claro que o aluno tem uma avaliação distinta de um profissional”, avalia Carvalho.
A mudança nas regras do Revalida é discutida desde 2012. A medida é considerada como uma saída de curto prazo para aumentar a oferta de profissionais no mercado, como quer a presidenta Dilma Rousseff.
Uma das ideias em debate é uma espécie de estágio para graduados em uma lista de faculdades. Os alunos receberiam uma autorização provisória para trabalhar na rede pública por certo período. Terminado o prazo, o profissional poderia continuar trabalhando no País, sem necessidade da realização do Revalida.
Com informações, do Estadão