Requião ironiza governo FHC: fantasmas querem aterrorizar o país

O senador Roberto Requião (PMDB) ironizou, nesta quarta (20), a oposição e ex-ministros do governo FHC que, nas últimas semanas, têm subido o tom de críticas ao governo federal. Para o senador, o que se vê é um cortejo de fantasmas, que procura aterrorizar o país com ideias fossilizadas que, quando aplicadas quebraram, o Brasil por três vezes.

Segundo Requião, em suas recentes viagens à Polônia e à Suécia, ao ler notícias do Brasil, era frequentemente assaltado por espectros do passado, todos, “em coro de tragédia grega”, propondo a volta das velhas e falidas políticas neoliberais.

“As reprimendas foram tão incisivas que, assustado, vieram-me à lembrança aqueles anos, entre 1995-2002, quando o Brasil quebrou três vezes, e não foi possível ver todos os estragos da débâcle porque houve um apagão, tão denso que jornais, televisões, rádios não puderam noticiar, por falta de luz e, certamente, também para não espalhar o medo antipatriótico entre os brasileiros”, ironizou Requião em seu discurso.

“Seja como for, como um jogral ou o coro sinistro de uma tragédia grega, invectivavam contra o ministro Mantega, a presidente Dilma, o PT, o Lula acusando-os de não entender nada de economia, de” ignorantes dos fundamentos macro-econômicos”, de remendões pretensiosos que ultrapassaram os limites dos chinelos, de perdulários, dissipadores da burra pública”.

No entanto, o senador fez também observações sobre a política econômica atual, que chamou de “picadinho variado”. Para Requião, enquanto o país não se reunir em torno de um programa nacional de desenvolvimento, com tática e estratégia bem definidas, viveremos de sobressaltos, aos trancos e barrancos, permitindo até mesmo que velhos fantasmas, de passado nada recomendável, voltem à cena e opinem.

“Assombra-me não o picadinho variado das medidas do Ministério da Fazenda, e sim a falta de uma Política Econômica que se enquadrasse em um Programa para o Brasil, doutrinariamente à esquerda, fundado na solidariedade, na distribuição da renda e dos benefícios do avanço tecnológico, na prevalência, sempre, dos interesses populares e nacionais”.

Infoformações da assessoria de imprensa