Catalunha estuda lei para realizar referendo independentista

O presidente do governo catalão, Artur Más, adiantou nesta sexta-feira (7) que se o Estado espanhol mantiver a negativa de autorizar um referendo independentista, o parlamento regional aprovará uma lei para realizá-lo.

Se acharmos um obstáculo permanente do Estado, haverá uma lei catalã de consultas do parlamento e em base nela convocarei a consulta no dia 9 de novembro, afirmou Más em entrevista à emissora de rádio RAC1.

A este respeito afirmou que já se trabalha, com discrição, no rascunho da lei sobre o referendo, que o governo espanhol recusa por considerar inconstitucional.

Como um último recurso, ficará a convocação para eleições nas quais se proponha o referendo por parte dos partidos que a apoiam e se houver um sim em massa a essas organizações, a consulta terá obtido vitória, agregou.

Para isso pontuou que se reunirá com as forças políticas simpaticas à iniciativa e decidirão conjuntamente o marco eleitoral e as condições.

Em relação a uma provável negociação com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, assegurou que pediu o encontro, mas que recebeu uma negativa como resposta, porque segundo o chefe do governo argumentou que tal reunião não é necessária.

Más esclareceu que essa atividade deve incluir o tema da consulta, que Rajoy nega a discutir. "Imagine-se, quando vejo Rajoy, falamos de tudo menos disto. Seria uma reunião entre zumbis", sublinhou.

Tanto o situacionista Partido Popular, como o Partido Socialista Operário Espanhol, o principal da oposição, se opõem que o Congresso de Deputados dê autorização à Catalunha para que faça os procedimentos relativos ao referendo.

A duas formações com ampla maioria absoluta no parlamento consideram que temas que se referem à integridade territorial do país só podem ser definidos pelo parlamento do país, e não pelos cidadãos isolados de uma comunidade.

Fonte: Prensa Latina