Chanceler britânico considera intolerável situação de palestinos

O ministro britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond, teve de reconhecer neste domingo (3) a intolerável situação da população palestina em Gaza, onde os ataques de Israel deixaram um saldo de mais de 1.600 mortos.

Philip Hammond

Instigado pelas críticas do dirigente do opositor Partido Trabalhista, Edward Miliband, contra o governo por seu silêncio sobre a tragédia em Gaza, Hammond afirmou que se unia à preocupação dos cidadãos britânicos pelo sofrimento dos palestinos.

Milliband declarou no sábado (2) que o premiê conservador David Cameron cometia um erro ao evitar uma condenação à agressão de Telavive e guardar silêncio sobre a morte de centenas de civis inocentes em Gaza, destaca a corrente de rádio e televisão BBC.

Para o líder trabalhista, o governo britânico deve enviar uma clara mensagem à direção israelense de que sua agressão contra Gaza é injustificável e intolerável.

O chefe da diplomacia britânica declarou ao diário Sunday Telegraph que a crise em Gaza, onde apenas nesta jornada foram mortas 30 pessoas, quase todas civis, ameaça se converter em um interminável ciclo de violência.

Hammond reiterou, ademais, seu chamado a realização de uma trégua sem condições prévias entre Telavive e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o anunciado alvo dos ataques da aviação e a artilharia israelenses desde o 8 de julho passado.

Cameron mantém sua posição sobre o "direito israelense" a defender-se, ainda que Milliband considere que a reação de Telavive ante disparos de foguetes do Hamas é totalmente desproporcional.

Nas últimas semanas, o exército israelense atacou escolas, hospitais, ambulâncias, campos de refugiados da ONU e moradias em Gaza, uma zona de 362 quilômetros quadrados, onde vivia 1,8 milhão de pessoas, antes de se iniciar a ofensiva.

Fonte: Prensa Latina