Chanceler palestino acusa Israel por crimes de guerra em Gaza
O ministro palestino de Relações Exteriores, Ryiad al-Malki, acusou nesta terça-feira (5) o regime de Israel de cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza. Durante uma visita ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, al-Malki exigiu uma investigação sobre os ataques israelenses contra territórios da Palestina, iniciados no último dia 8 e que custaram a vida, até o momento, de mais de 1.800 pessoas.
Publicado 05/08/2014 18:58

Maliki manifestou a disposição de seu país de processar Israel no TPI. De acordo com fontes oficiais de Tel-Aviv, o objetivo da ofensiva é destruir depósitos de foguetes, fábricas de armas e túneis vinculados à Resistência Islâmica (Hamas), organização responsabilizada pelos israelenses pela morte de civis.
No entanto, os recentes ataques a escolas, hospitais, ambulâncias, centros de refugiados e moradias em Gaza, bem como o elevado saldo de crianças e mulheres mortos, contradizem as declaraçõe do Governo de Israel. O governo palestino lançou um documento que divulga as violações do direito internacional humanitário no período de um ano.
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A visita a Haia do ministro palestino ocorreu pouco depois do estabelecimento de uma trégua de 72 horas entre Tel-Aviv e o Hamas, mediada pelo Egito.
Al-Malki disse à imprensa que seu país – reconhecido pelas Nações Unidas como Estado observador – quer pedir ajuda às instituições internacionais para evitar os crimes contra a humanidade cometidos pelos israelenses.
Além disso, o chanceler anunciou que a Palestina solicitará neste sua integração ao TPI, cuja atriubição é a investigação de genocídios, crimes de guerra e contra a humanidade.
Recentemente, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, exigiu que Israel assuma suas responsabilidades pelos crimes de guerra na Faixa de Gaza. Pillay condenou, através de um comunicado, os bombardeios contra objetivos civis palestinos.
Os ataques contra funcionários e instalações usadas para operações de assistência são uma violação da lei humanitária internacional e podem ser considerado um crime de guerra, afirmou a funcionária da ONU.
Também apontou que, por causa da agressão israelense, na zona do conflito não há eletricidade e os sistemas de saneamento e abastecimento de água potável estão inoperantes, o qual pode causar doenças.
Com informações da Prensa Latina