Lindberg afirma que falta d’água na Baixada pode ser resolvida
O candidato ao governo do Rio pela Frente Popular (PT-PCdoB-PV-PSB), Lindberg Farias, disse que são necessários cerca de R$ 500 milhões para resolver o problema de abastecimento de água na Baixada Fluminense.
Publicado 07/08/2014 16:39 | Editado 04/03/2020 17:03

A afirmação foi dada na manhã desta quarta-feira (6), durante uma visita ao bairro Parada Morabi, no 3º distrito de Duque de Caxias, que tem cerca de 5 mil habitantes e é um dos dez do município que não é abastecido pela Cedae.
Durante o encontro, Lindberg ouviu relatos de moradores sobre a falta de abastecimento. Um morador destacou que gasta R$ 45 por semana comprando galão de água para beber e para cozinhar.
“Para tomar banho, usamos a água de poço artesiano, que é suja e tem cheiro ruim”.
Segundo outro morador, “todo ano de eleição políticos prometem que vão levar água, mas não cumprem”.
Diante dos depoimentos, o candidato destacou que é preciso derrubar o muro que separa o Rio do cartão postal do Rio onde moram as pessoas que mais precisam.
“Dos 24 reservatórios da Baixada, apenas sete funcionam. O governo atual não fez o investimento essencial para resolver o problema da falta d’água. Com isso, 30% das pessoas sofrem com o problema”, afirmou Lindberg Farias.
O candidato estava acompanhado pelos vereadores do PT Fabrício Cordeiro, Moa e Eduardo Moreira, todos de Duque de Caxias.
“É um absurdo que Duque de Caxias, com a segunda maior arrecadação do Estado e perto da refinaria, viver um problema como esse”, disse Fabrício Cordeiro.
Água Turva
Após o encontro, Lindberg foi até a casa de duas moradoras. Na de Joselice Inácio da Silva, o candidato notou que a água verificou que a água estava com uma coloração turva.
“Essa água é do poço artesiano. Aqui, moram cinco pessoas e comprar água sempre é muito caro”, explicou Joselice.
Convivendo com o problema há 36 anos, outra moradora, Maria Miranda Fernandes, de 82 anos, destacou que até tomar banho é ruim.
“Ficamos com um cheiro estranho e o cabelo duro”, disse Maria Miranda, que mostrou um copo com a água amarelada.
Violência e transporte
Outras queixas da população são com a violência e o transporte.
“A sensação de insegurança aumentou muito nos últimos anos. Aos domingos, as pessoas estão saindo até do culto mais cedo, pois têm medo de assalto”, destacou a moradora Genilda.
O cenário atual da Baixada, segundo Lindberg, é de um policial para cada 1.500 habitantes. Na Zona Sul, a proporção é de 1 para 180.
“Com a implantação das UPP’s, o número de policiais em Duque de Caxias reduziu em 15%. O povo trabalhador tem ficado de lado e acompanhado apenas os investimentos essenciais na Zona Sul”, disse o candidato da Frente Popular.
O transporte, como lembrou Lindberg, também merece mais atenção.
“Não é possível o metrô ir até a Pavuna e não chegar na Baixada”, salientou.