Lindberg se compromete com passe livre intermunicipal para estudantes
Em encontro com estudantes universitários e do Ensino Médio, nesta terça-feira, 2, o candidato ao Governo do Estado pela Frente Popular (PT, PCdoB, PV e PSB), senador Lindberg Farias, assumiu compromisso de, se eleito, enviar à Assembleia Legislativa projeto instituindo o passe livre intermunicipal, que beneficiará os alunos da rede pública de todo o Estado.
Publicado 03/09/2014 17:11 | Editado 04/03/2020 17:03

“Isso é fundamental para que os estudantes possam concluir os cursos”, garantiu o candidato, durante o bate-papo. “Para quem estuda em uma cidade e mora em outra é uma grande dificuldade. O estudante está gastando muito e tem gente abandonando a escola por conta dos preços da passagem”, completou Lindberg.
A evasão escolar foi apontada como uma das consequências da despesa com passagens, já que muitos, que estudam em um município e moram em outro, não têm condições de arcar com os custos. Além do passe livre, os alunos querem também maior assistência para quem estuda e trabalha.
“A juventude trabalhadora que estuda está sofrendo dobrado e passa de 14 a 18 horas no transporte”, disse o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mitã Chalfun.
O presidente da Associação Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ames), João Neto (UJS), defendeu, por sua vez, que o passe estudantil seja liberado no fim de semana para facilitar o acesso à cultura e ao entretenimento.
Os estudantes lembraram da falta de segurança, principalmente para quem estuda à noite, ressaltando que ficam vulneráveis às deficiências de mobilidade urbana. Para o aluno de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vinicius Souza, o passe livre intermunicipal ajudará a manter o estudante na escola. A falta de creches, segundo Lindberg, é outro problema que ocasiona a baixa frequência das mulheres no ensino. O candidato afirmou que 62% dos jovens entre 18 e 24 anos que não estudam nem trabalham são mulheres.
O candidato do PT aproveitou o encontro com os estudantes para reforçar suas propostas voltadas para a juventude. Entre elas, estão a criação da Agência do Primeiro Emprego, que vai atender, numa primeira fase, cerca de 100 mil dos 500 mil jovens que não estudam nem trabalham no Rio. Além disso, ele se comprometeu a criar 1.000 pontos de cultura no Estado. “Vamos trabalhar junto com a juventude que está produzindo cultura e que não tem apoio nenhum do estado para desenvolver projeto em suas comunidades, bairros e regiões”, afirmou.
Participaram do encontro representantes de diretórios das universidades UERJ, UFF, UFRJ e Estácio, entre outras.