Senadora pede apuração de crime contra a honra de Flávio Dino
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu, em discurso nesta quarta-feira (24) no plenário do Senado, que o Ministério Público e o Ministério da Justiça apurem um crime praticado contra a honra de Flávio Dino, candidato do PCdoB ao Governo do Maranhão.
Publicado 25/09/2014 11:13

Segundo ela, os opositores de Flávio Dino produziram um vídeo no qual um presidiário o acusa de chefiar uma quadrilha de roubo de carros, venda de armas e tráfico de drogas. A senadora afirmou que o vídeo foi postado na internet a partir do Chile, para fugir do rigor da legislação eleitoral brasileira.
Vanessa Grazziotin acredita que a campanha eleitoral no Maranhão tomou esse rumo por causa da possibilidade de Flávio Dino vencer a disputa já no primeiro turno. “Parece-me que a Justiça Eleitoral do Maranhão, por iniciativa do Ministério Público Eleitoral, está entrando com muita força para apurar esse caso gravíssimo. E não há quem queira mais celeridade na investigação do que Flávio Dino”, destacou.
BR 319
A senadora defendeu ainda a recuperação do trecho central da BR 319, rodovia que liga Porto Velho a Manaus e que integra as populações do Amazonas e de Roraima ao restante do país. Construída na década de 1970, a BR 319 era muito trafegada àquela época, inclusive escoando as mercadorias do Pólo Industrial de Manaus. Só que devido à falta de obras de manutenção, a rodovia ficou intrafegável em toda a sua extensão.
Recentemente, os trechos que partem de Manaus e de Porto Velho foram recuperados, mas entraves ambientais impedem que 400 quilômetros da parte central da rodovia sejam recuperados. E isso faz com que os moradores do Amazonas e de Roraima fiquem reféns dos transportes aéreo e fluvial caso queiram viajar para outras localidades do país, lamentou Vanessa Grazziotin.
Ela também criticou a candidata à Presidência Marina Silva (PSB), que declarou a BR-319 "até hoje não provou sua viabilidade econômica, social e ambiental". Para a senadora, "a ex-ministra deixa transparecer que está falando de uma estrada que ainda será construída. Não é isso! O que está pendente é a superação de uma questão ambiental envolvendo a pavimentação de 400 km do trecho central da rodovia", discursou.
A senadora lembrou que os 200 km iniciais saindo de Manaus estão perfeitamente trafegáveis e os 230 km de Porto Velho a Humaitá também. Quanto ao chamado "trecho do meio", ela explicou que governo federal já investiu R$76 milhões para resolver os problemas ambientais.
Segundo ela, os novos estudos ambientais devem estar concluídos ainda este ano. Outro fator favorável ao projeto, na opinião da senadora, é o conceito de Estrada Parque que vai permitir ao longo da estrada a fiscalização contra o desmatamento nas unidades de conservação criadas.
Zona Franca
A senadora também falou sobre os benefícios da prorrogação, por mais 50 anos, da Zona Franca de Manaus, o que, segundo ela, ajuda a preservar a floresta amazônica. Ela explicou que as indústrias da Zona Franca estão concentradas no polo industrial de Manaus e isso impede que haja desmatamentos da floresta em outros pontos do estado.
“Se contarmos os nove anos restantes, até 2023, e a ele somarmos os 50 anos de prorrogação, a Zona Franca de Manaus tem quase 60 anos pela frente, o que nos permite não apenas a consolidação de um polo efetivamente produtivo, mas nos dá tranquilidade para que trabalhemos por um modelo próprio de desenvolvimento, um modelo que utilize a riqueza que a natureza nos oferece e que ao mesmo tempo preserve o meio ambiente”, afirmou.
Da Redação em Brasília
Com agências