Otan realizará manobras militares em águas espanholas

Mais de 25 navios e quatro mil soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizarão manobras de 13 a 26 de outubro em águas espanholas, informaram nesta segunda-feira (6) fontes militares.

Otan

Comunicado atribuídos a comandos militares por meios locais de imprensa indicam que participarão 11 países do exercício Nobre Mariner 14, são eles: Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Turquia, Portugal, França, Reino Unido, Itália, Grécia, Bélgica e Finlândia.

O objetivo é certificar a capacidade operativa do Quartel Geral Marítimo de Alta Disponibilidade da Marinha Espanhola como comando de unidades navais da Força de Ação Rápida da Otan em 2015.

Durante os exercícios em águas de Cartagena, Mar de Alborão, Almeria e Golfo de Cádiz, também se pretende treinar a Força de Reação da Otan em operações marítimas em caso de uma suposta crise internacional.

A capacidade operativa da Otan está baseada em uma força de mobilização rápida com unidades de terra, mar e ar, capazes de responder com força a desafios e ameaças em qualquer lugar do mundo, segundo fontes citadas pela publicação Ideal.es.

Com eixo no Mar de Alborão, serão realizadas ações aeronavais de combate, interceptação, segurança marítima e proteção do tráfego marítimo, depois que nas águas de Cartagena e Águias tenham sido ensaiadas operações contra minas de 16 a 19 de outubro.

Operações anfíbias estão programadas na costa de Almeria de 17 a 20 de outubro com desembarque e reembarque na praia El Alquián.

De acordo com as informações, haverá operações anfíbias em águas de Garrucha nos dias 20 e 21, treinamento terrestre em um campo de tiro e missões logísticas em Almeria, cujo aeroporto servirá de base de aeronaves não tripuladas, principalmente helicópteros.

Segundo a Voz de Almería, trata-se de uma das simulações mais importantes de coordenação naval e um exercício de máximo interesse em um contexto de instabilidade em zonas como Síria, Ucrânia e Líbia, definidos pela Otan como ambientes de variada ameaça.

No mês passado, segundo reportou El Baluarte de Cádiz, ativistas antimilitares se pintaram com tinta vermelha em sinal de protesto em frente ao portão da Base Naval utilizada pelos Estados Unidos em Rota (Cádiz), ação que teve como lema: A Guerra começa aqui. Paremo-la!

A Rede Antimilitarista e Não violenta de Andaluzia denunciou então o papel chave dessa instalação utilizada conjuntamente por espanhóis e estadunidenses no que definiu como estratégia intervencionista militar da União Europeia e da Otan.

A organização denunciou o aumento da militarização da região espanhola de Andaluzia, com uma indústria militar importante em Sevilla e Cádiz, e com bases militares chaves em Gibraltar (Reino Unido), Morón e Rota (Espanha/Estados Unidos).

Fonte: Prensa Latina