Indústria militar ucraniana avalia adotar normas da Otan
O vice-diretor geral da corporação estatal militar Ukroboronprom, Serguei Pinkas, confirmou nesta quinta-feira (23) que as autoridades da Ucrânia estudam adotar as normas da Otan na fabricação do armamento de suas tropas.
Publicado 23/10/2014 16:09

Sem fazer referência às questões financeiras que estas mudanças exigem, Pinkas comentou em um comunicado que as armas do Exército ucraniano são de fabricação soviética e estão obsoletas, segundo Novosti.
Acrescentou que o consórcio militar funcionará em breve como corporação de padrão europeu e o passo seguinte será adotar as normas da aliança do Atlântico Norte na fabricação da técnica de combate, o que considerou uma tarefa prioritária.
O presidente Piort Poroshenko, por sua vez, assegurou durante uma recente visita à província ocidental de Lvov que a Ucrânia transferiu sua economia ao trilho militar e aposta em que as Forças Armadas sejam mais fortes, ao explicar o atual rumo da estratégia governamental.
Lembrou da ajuda financeira solicitada pessoalmente a Barack Obama durante uma visita realizada em meados de setembro aos Estados Unidos, e reafirmou que esses recursos junto a outros contribuídos pelo Estado reforçarão o setor defensivo e o Exército.
Por sua vez, o premiê, Arseni Yatseniuk, ratificou a disposição governamental de injetar mais de 76 milhões de dólares adicionais para a compra de armamentos e a recuperação de meios militares de combate.
Tais expressões das duas primeiras figuras da atual administração ucraniana confirmam o anúncio de que a proporção de militares aumentará de 2,8 a sete por cada mil habitantes nos próximos seis anos, segundo o vice da Administração Presidencial, Dmitri Shimkiv.
Em termos de cifras, Shimkiv informou em um debate televisivo que o orçamento militar crescerá de 1% do produto interno bruto (PIB) neste ano a 5% em 2020.
Sem fazer referência ao aumento do desequilíbrio que estas despesas representarão para a já arruinada economia de Kiev, o funcionário público defendeu esta estratégia e enfatizou que a Ucrânia será um dos países mais militarizados do planeta.
De acordo com essa avaliação, o diretor de Finanças da pasta de Defesa, Iván Marko, indicou que ao Exército se destina em 2014 cerca de três bilhões de dólares, e o "financiamento orçamental da capacidade defensiva" concluirá este ano com cerca de 4,85 bilhões.
Fonte: Prensa Latina