UJS convoca militância para o enfrentamento à direita
A UJS realizou sua plenária nacional nesta segunda-feira (23) na Universidade Paulista (Unip), em São Paulo. Militantes de todo o território nacional se reuniram para debater e encontrar caminhos de enfrentamento ao golpismo como forma de avançar no projeto popular e democrático em curso no país.
Publicado 25/03/2015 09:59

Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, abriu a atividade e fez uma análise sobre a conjuntura política nacional. Para ele, os resultados da última eleição demonstraram que as forças progressistas estão perdendo hegemonia na sociedade.
O pior Congresso desde a redemocratização foi eleito, com crescimento da bancada da “bala”, da bancada dos ruralistas e dos evangélicos. Mas apesar disso os partidos da direita tradicional como PSDB e DEM reduziram seus representantes em Brasília, pontuou.
Para Miro, a crise que abalou os mercados da Europa e dos EUA durante os últimos anos bate à porta do Brasil e o capitalismo não tem respostas para solucionar o problema. Segundo o dirigente, “a presidenta Dilma tentou acalmar o ‘deus mercado’ e garantir a ‘governabilidade’ compondo um ministério amplo com nomes como de Levy, mas isso não está surtindo efeito”.
Ele também acredita que Dilma fez um pacote equivocado e acabou atingindo diretamente os interesses da base que a elegeu, ou seja, os trabalhadores.
Para enfrentar o cenário atual, Altamiro Borges ressaltou que é muito importante não cair “em um pessimismo paralisante” que vem sendo plantado pela mídia e acrescentou que é chegada a hora de impulsionar a força da “poderosa esquerda social e política”, construída no Brasil aos longo dos anos. Desta forma é possível defender bandeiras comuns, como o fortalecimento da Petrobras, a luta contra o golpismo, a reforma política, a democratização dos meios de comunicação, e outras pautas do campo progressista.
Para concluir, Miro afirmou que o movimento estudantil terá um papel decisivo nesse momento, “seja nos debates dentro das universidades ou nos locais de trabalho”, afirmou.
“Vamos ao debate político, e essa tarefa é de vocês”, disse o dirigente à juventude socialista.
Por Thiago Cassis, no portal da UJS