Nota do PCdoB-AM em solidariedade à deputada Alessandra Campêlo
Em nota, a direção estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-AM), repudiou a atitude do deputado estadual Abdala Fraxe (PTN) na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE) que agrediu verbalmente a deputada Alessandra Campêlo – única mulher eleita à Assembleia – que usava a tribuna para pronunciamento. A direção partidária se solidariza com a deputada.
Publicado 04/11/2015 20:04

Segue a íntegra da nota:
O Comitê Estadual do PCdoB/AM se solidariza com a deputada estadual Alessandra Campêlo, líder do PCdoB na Assembleia Legislativa do Amazonas e única mulher com assento na casa. No exercício de suas funções políticas e na tribuna da ALE, Alessandra apresentava e tornava público às reivindicações dos servidores da polícia, que entre outras categorias passa por dificuldades.
No exato momento da denúncia o deputado Abdala Fraxe de seu assento na ALE pronunciou palavra de baixo calão, se referindo à deputada.
Abdala se dirigiu covardemente a nossa representante com palavras que ferem o decoro parlamentar, tais palavras não só agridem a deputada Alessandra Campêlo, mas todas as mulheres e mostra o preconceito e total despreparo do deputado em lidar com críticas políticas.
O deputado demonstrou intolerância política e covardia machista, o que evidência lamentavelmente a atual composição da Assembleia Legislativa.
Para nós, a liberdade de opinião e o respeito ao contraditório constituem a própria essência da atividade parlamentar.
Portanto, qualquer tentativa de interromper ou atrapalhar a livre manifestação de um parlamentar constitui uma agressão à democracia e quando essa atitude parte de um membro da própria casa, configura-se a quebra de decoro parlamentar, que é passível de punição.
Da parte do PCdoB, nos posicionamos para que a mesa diretora da Assembleia tome todas as providências que o regimento interno da casa assegura, bem como garanta a integridade física e política do exercício do cargo que a deputada Alessandra Campêlo representa.
Certamente essa medida contribuirá para que se evite que fatos desagradáveis dessa natureza voltem a se repetir no parlamento.
Quanto à deputada Alessandra Campêlo, desejamos que siga em frente, com a certeza que é a sua conduta na defesa dos direitos dos trabalhadores, estudantes e mulheres que incomoda os reacionários.
Em nosso partido o mandato é nosso e temos a obrigação legal e moral de zelar por ele e quem o representa.
O PCdoB tem 93 anos de história, enfrentamos muitos percalços, tivemos dirigentes e militantes que foram ceifados pela ditadura, enfrentamos com bravura a defesa dos nossos ideias, inclusive nas selvas do Araguaia, acreditamos neles e continuaremos os defendendo com altivez.
Manaus, 04.11.15
Edilon Queiroz (Presidente Estadual do PCdoB/AM).