China contesta alegações dos EUA sobre direitos humanos

A China contestou nesta sexta-feira (11) de forma enérgica as alegações dirigidas pelos Estados Unidos sobre a situação dos direitos humanos no país, e pediu ao governo estadunidense para evitar intrometer-se nos assuntos internos e na soberania judicial.

Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, fez tais declarações perante as alegações expressadas recentemente por Washington e outros 11 países a respeito do tema perante o Conselho de Direitos Humanos.

"Os órgãos judiciais da China tratam os casos legalmente e garantem os direitos dos suspeitos", assegurou o porta-voz em coletiva de imprensa.

A julgamento de Hong, essas críticas, sob a desculpa dos direitos humanos, "têm infringido severamente os assuntos domésticos e a soberania judicial da China, e violam o espírito do Estado de Direito".

"Expressamos nossa firme oposição e nunca aceitaremos esse ataque", ressaltou.

Expôs que essa posição da Casa Branca também vai contra o objetivo do Conselho de Direitos Humanos, que foi criado em 2006 para fomentar a cooperação e coordenação, em vez de provocar confronto.

Da mesma forma ele ressaltou que este governo concede grande importância à promoção dos direitos humanos, com sucessos notáveis e visíveis nesse âmbito.

Não existe uma via de desenvolvimento humano que se adapte a todos os países. Por isso, cada nação tem o direito a atuar segundo suas próprias condições para desenvolver os direitos humanos, ressaltou Hong.

Nesse sentido ele pediu a alguns países para refletir sobre esse aspecto e parar de politizar sobre os direitos humanos.