Mobilizações na França para recusar o plano trabalhista do governo
As mobilizações deste domingo (1º/05) na França por conta do Dia Internacional dos Trabalhadores, estão centradas na rejeição ao projeto de reforma trabalhista do governo.
Publicado 01/05/2016 13:06

Representantes de sindicatos, organizações estudiantis, formações políticas como o Partido Comunista Francês e agrupamentos solidários, marcham em diferentes cidades do país com o fim de demandar a defesa de seus direitos.
Depois dos confrontos entre os mobilizados e as forças da ordem em recentes manifestações para demandar a retirada do mencionado plano, as autoridades demonstram neste domingo um amplo dispositivo de segurança.
Mais de 200 detenções e fortes choques registraram-se durante as marchas do 28 de abril.
Ao chamado das principais organizações de estudantes e dos sindicatos, milhares de pessoas voltaram a tomar as ruas para demandar a retirada definitiva do mencionado plano ao opinar que prejudica os direitos dos trabalhadores e beneficia o empresariado.
Os principais choques produziram-se em Rennes (oeste). Um grupo de jovens tratou de dirigir ao bairro histórico da cidade, bloqueado pelas forças da ordem que os reprimiram com gases lacrimogêneos, reportaram meios locais de imprensa.
Algo similar sucedeu em Nantes (oeste) quando os agentes bloquearam uma das ruas que dá acesso ao centro da cidade com um caminhão equipado de um canhão de água.
Em Marselha, as forças da ordem detiveram a 57 pessoas. Os incidentes tiveram lugar principalmente em uma estação de trem e em uma praça pública.
Como parte da jornada de greve, se registraram perturbações nos aeroportos e alguns problemas no transporte ferroviário.
Cerca de 53% dos franceses apoia o movimento dos estudantes contra esse projeto impulsionado pelo governo e recusado por sindicatos de trabalhadores e organizações juvenis.
Segundo uma sondagem Opinionway, divulgado recentemente, o 64% dos interrogados diz compreender as ações enquanto o 35% tem uma opinião contrária.
O projeto do governo será debatido na Assembléia Nacional a partir de 3 de maio.