Mais de R$100 milhões são destinados à produção musical nacional
O Ministério da Cultura anunciou, nesta terça-feira (3) o lançamento de uma linha de crédito que vai disponibilizar, a partir da próxima segunda-feira (9), R$100 milhões para micros e pequenos empreendimentos musicais. A notícia foi recebida com entusiasmo por músicos, produtores, empresários, gestores públicos, trabalhadores e militantes do setor que estiveram presentes no evento, realizado no Rio de Janeiro.
Publicado 04/05/2016 11:33

Segundo o MinC, as novas regras vão possibilitar aos músicos brasileiros maior controle sobre seus direitos autorais no ambiente digital, além disso, o ministério vai apoiar a criação de uma agência federal específica para o setor.
Além desta medida, o ministro Juca Ferreira, anunciou um pacote de 24 estratégias e 42 ações elaboradas pelo ministério após um longo processo de escuta, negociação e incorporação de propostas da sociedade civil, realizado no decorrer do ano passado.
"A gente não sabe o que vai vir daqui pra frente, mas a gente sabe que o Estado é um instrumento da sociedade brasileira. Políticas de Estado não podem estar disponíveis para serem destruídas e se começar tudo do zero. Temos batalhas pela frente, mas já temos um patrimônio construído", destacou o ministro.
Juca Ferreira ressaltou que a música é a mais internacionalizada das expressões artísticas brasileiras, a que mais divulga a língua portuguesa e a que possui maior potencial de crescimento econômico. "Além de representar uma riqueza cultural, a música se transformou num mercado gigantesco. Só no último ano, a música no campo digital se expandiu em mais de 45,1% no mundo", informou.
Porém, ressaltou o ministro, falta à música brasileira uma atuação sistêmica do Estado que vise a modernização dessa cadeia produtiva, sem dirigismo estatal, processo semelhante ao que impulsionou o audiovisual nacional e permitiu que a produção de filmes de longa-metragem crescesse mais de 1500% nos últimos 14 anos. "Estamos aqui hoje deflagrando este processo. Um segundo ciclo das políticas voltadas ao desenvolvimento econômico e simbólico dos setores artísticos", definiu.