Juventude Sem Terra usa arte para falar de democracia
Cerca de 20 jovens vindos de assentamentos do Movimento Sem Terra (MST) em Santa Catarina estiveram em Florianópolis participando de um período de vivência com objetivo de ampliar o debate sobre a atual situação política nacional a partir de intervenções artísticas.
Publicado 17/05/2016 16:45 | Editado 04/03/2020 17:13

Através de apresentações de teatro, de música, de poesia e artes visuais em escolas, universidades, comunidades e nas ruas, eles alertaram sobre a necessidade do respeito às instâncias democráticas do país, aos direitos relacionados à educação, à questão agrária, à comunicação e gênero.
Sendo a maioria dos jovens bolsista no projeto de extensão Residência Agrária, do curso de formação de agentes culturais da Udesc, aproveitaram a III edição da Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária para participar do Ato em Homenagem ao Dia do Trabalhador, em 1º de Maio, da vigília da vergonha e a vigília em defesa da democracia em frente à Fiesc e à Fecomércio, respectivamente, assim como do escracho em frente à RBS por conta do oligopólio ilegal da mídia, entre outros.
Uma das atividades foi a apresentação da peça teatral A farsa da Justiça Burguesa, que faz alusão aos 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. Em abril de 1996, quando o MST realizava uma caminhada naquele estado, uma emboscada armada por jagunços assassinou 21 sem terra. De lá pra cá ocorreram mais de 1600 sem terra assassinados no Brasil, alertou Révero Ribeiro, coordenador do Movimento.
Keslin Willian, do assentamento Higienópolis em Abelardo Luz, integrante do Coletivo de Juventude do Movimento, diz que o trabalho na capital foi de extrema importância para a formação e fortalecimento o grupo. Diante da revoltante conjuntura política atual ele ficou maravilhado em poder trabalhar esses dias com a população da Capital.
Com informações do Sindaspi-SC