Ricardo Patah da UGT: Getúlio se mantém atual
O sindicalista comerciário paulistano, Ricardo Patah, mantém junto a sua mesa de trabalho um busto em madeira de Getúlio Vargas. Além de presidir o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ele também preside a UGT – União Geral dos Trabalhadores. Patah é filiado ao PSD – Partido Social Democrático, presidido por Gilberto Kassab. Ao ensejo dos 62 anos da morte de Getúlio e da Carta-Testamento (quarta, 24), a Agência Sindical entrevistou o dirigente ugetista.
Publicado 24/08/2016 13:45

Confira a entrevista de Ricardo Patah:
Agência Sindical – Por que você conserva em sua mesa um busto de Getúlio? E por que o tem levado a alguns atos das Centrais?
Ricardo Patah – Por tudo o que Getúlio representa para os trabalhadores e a Nação brasileira. A meu ver, ele foi um dos grandes visionários da nossa história.
Agência – O que é mais importante em Getúlio: o legado trabalhista ou as realizações pró-desenvolvimento nacional?
Patah – Para os trabalhadores, sem dúvida, o mais importante é a legislação trabalhista, que, na minha opinião, tem de ser defendida e mantida, por ser uma rede de proteção ao conjunto da classe trabalhadora. Mas também são de grande valor a Petrobras, a Usina de Volta Redonda, o BNDE, o Ministério da Cultura e tantos outros feitos.
Agência – Então, Getúlio Vargas mantém a atualidade?
Patah – Totalmente atual a construção feita por Getúlio, seu olhar social e para os trabalhadores. Não há patrimônio maior do que a CLT, que é muito bem estruturada e efetiva.
Agência – E a Carta-Testamento: reflete apenas um momento ou deixa lições?
Patah – Darcy Ribeiro considera a Carta o principal documento político brasileiro. Em sua despedida, Getúlio reafirma seu amor ao Brasil e seus compromissos com os rumos da Nação. Por exemplo: ele cita os abusos nas remessas de lucro ao Exterior, uma questão que, depois de tantas décadas, ainda não foi resolvida em nosso País.