Nem chuva impediu manifestação dos maranhenses contra reforma

Maranhenses saíram às ruas na manhã chuvosa desta quarta (15), para participar dos atos de mobilização contra as reformas trabalhista, da previdência e em defesa da educação e de direitos e garantias sociais. O ato, convocado pelo Fórum Maranhense em Defesa da Previdência Social, pela CTB-MA e demais centrais sindicais, aconteceu na Praça Deodoro, na capiítal São Luís, e seguiu em caminhada até o prédio sede do INSS, no Parque Bom Menino, onde foi realizado grande ato político.

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A dirigente nacional da CTB-MA, Hildinete Rocha, ressaltou que a classe trabalhadora deve se manter unificada para defender os direitos adquiridos em face dos ataques do governo Temer. "Só a nossa luta, unidade e força podem barrar os ataques e o sucateamento da Previdência Social, que é um patrimônio do povo brasileiro. Os trabalhadores e trabalhadoras desse país precisam se sensibilizar e reforçar a luta", disse de cima de um carro de som.

A manifestação teve participação de diversas categorias de trabalhadores, como: rodoviários que realizaram operação tartaruga; correios; hoteleiros; metalúrgicos; panificação; rurais; trabalhadores da educação estadual e municipal de São Luís; trabalhadores em educação da Universidade Federal do Maranhão; vigilantes; agentes e inspetores penitenciários, dentre outras. Diversos movimentos sociais também estiveram presentes, como a União Nacional de Negros (Unegro) e União Nacional dos Estudantes (UNE).O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) também marcou presença no ato.

Os professores iniciaram nesta quarta (15), uma greve geral que atinge os docentes em todo o país. As Centrais Sindicais tentam construir uma greve geral de trabalhadores de todas as categorias para enfrentar as ameaças do governo. Na manifestação desta quarta, os trabalhadores mostraram – mais uma vez – o posicionamento contrário à aprovação das reformas.

Entenda as mudanças da reforma previdenciária

Hoje não há idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição. Os brasileiros se aposentam, em média, com 55 anos. Para receber a aposentadoria integral é preciso atingir a fórmula 85/95 (soma da idade e tempo de contribuição). A fórmula é simples e constitui-se da seguinte maneira: para atingir o tempo para a aposentadoria, basta somar o tempo mínimo de contribuição com a idade (30 anos mulher e 35 homem).

Se aprovada, a PEC 287 vai aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores. Os homens que contribuem com 35 anos, passarão a ter de mais 14 anos de trabalho, que totalizam 49. A medida é mais injusta, ainda, com as mulheres, que hoje precisam contribuir 30 anos com o sistema, mas com a nova lei, trabalharão mais 19 anos caso queiram ter aposentadoria integral.

Outra diferença é que, atualmente, quem contribui um período de 15 anos, já tem direito a uma aposentadoria proporcional; com a PEC 287, esse tempo aumenta em 10 anos, ou seja, para começar a ter direito, só com um mínimo de 25 anos de trabalho e contribuição.