Manuela: D'Ávila: Pressão popular botou Parente para fora
A deputada Manuela D'Ávila, pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, comentou o pedido de demissão de Pedro Parente, divulgado na manhã desta sexta (1). "Pressão popular botou Parente pra fora. Agora é mudar este governo para a Petrobras voltar a estar a serviço do povo", escreveu Manuela, em uma publicação nas redes sociais.
Publicado 01/06/2018 14:39

Em outro post, ela complementou: "Ouvi Eliseu Padilha dizer em entrevista que Pedro Parente não podia ser afastado da Petrobras porque fazia parte da equipe dos sonhos de Temer. Sonho do mercado, pesadelo de milhões. Já foi tarde".
Em resposta a um comentário, a pré-candidata declarou que segue na luta para que a política de preços da Petrobras seja alterada. Ao assumir o comando da estatal, em 2016, Parente anunciou que a política de preços da petroleiras passaria a ser guiada pelos interesses da empresas. E assim foi.
Ao implementar tal mudança, a empresa explicava que os reajustes seriam baseados na paridade com o mercado internacional e “mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos, e lucro, além de tributos”. A Petrobras dizia ainda que a nova política previa “avaliações para revisões de preços pelo menos uma vez por mês”.
Na prática, as revisões de preços foram mais frequentes do que “uma vez por mês”. Só em uma semana do mês de maio, foram cinco altas consecutivas em função da variação do preço do petróleo e derivados no mercado internacional e da variação da taxa cambial. Isso levou a que, só neste mês de maio, o preço do combustível nas refinarias já acumulasse alta de 9,42%.
O descontentamento generalizado teve seu auge com a greve dos caminhoneiros – seguida pela paralisação dos petroleiros -, com impactos sobre vários setores da economia e sobre a vida das famílias.
Em carta divulgada nesta sexta, Parente pediu demissão da presidência da Petrobras em caráter “irrevogável e irretratável”.