Publicado 31/07/2018 16:05

A defesa do ex-presidente apontaram que os documentos apresentados pela Odebrecht e foram forjados e a perícia feita pela defesa foi reforçada pelo depoimento de Teclan Duran. Mas segundo o parecer do MPF a palavra do ex-advogado da Odebrecht não merece valor porque ele foi acusado de crimes graves e teve a prisão decretada.
"A prova pericial foi inconclusiva sobre a falsidade dos documentos submetidos à perícia e a prova testemunhal em nada contribui para elucidar a questão, razão pela qual deve ser mantida a sentença que julgou improcedente o incidente de falsidade", diz o MP no parecer.
Apesar da delação premiada ser feita por rés confessos, estranhamente a palavra e Duran parece ter menos valor que a de outros delatores.
A defesa do ex-presidente pediu em recurso que o depoimento de Tacla Duran fosse colhido como form de comprovar que documentos apresentados pelo MPF e pela Odebrecht no processo que trata de um suposto imóvel destinado ao Instituto Lula foram adulterados e não podem servir de prova.
"Não é imprescindível a oitiva de testemunha residente no exterior, que responde a crime de lavagem de dinheiro e que se encontra foragida, desprovida de qualquer outro elemento de corroboração", argumentou o MPF.
Tacla Duran afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que Lula teve seu direito de defesa cerceado porque o testemunho dele foi negado. "Não querem me ouvir porque têm medo do que eu tenho a dizer", disse Tacla.
Tacla também disse que o advogado Zucolotto, ligado ao juiz Sérgio Moro, também venderia proteção na Lava Jato e chegou a lhe oferecer a redução da sua multa de US$ 15 milhões para US$ 5 milhões se o pagamento fosse feito em uma conta bancária em Andorra. "Percebi que as preocupações eram estritamente financeiras", disse Tecla.