1932, São Paulo 1– Greves Operárias e Reação Liberal-Conservadora

Logo no início de 1932, o Partido Democrático (PD) de São Paulo, uma dissidência das classes dominantes estaduais que governaram o Brasil até o fim da Primeira República, rompeu com o “Governo Provisório” liderado por Getúlio Vargas.

Os paulistas, que apoiaram 1930, abandonaram o apoio político ao governo de Getúlio Vargas, passando a adotar a tática da reivindicação da reconstitucionalização do País. Como desdobramento, no dia 25 de janeiro, na Praça da Sé, no centro da capital paulista, um comício pró-Constituinte reuniu aproximadamente cem mil pessoas no centro da capital paulista. Logo depois, no dia 16 de fevereiro, as classes dominantes paulistas se reorganizam politicamente, reunindo o PD e o Partido Republicano Paulista (PRP), formando a Frente Única Paulista (FUP), em oposição ao Governo Federal.

Em 25 de janeiro, nas comemorações da fundação da cidade, manifestantes invadiram o Centro Gaúcho, na capital, arrancando o escudo de 1835, símbolo do tradicionalismo rio-grandense, entre vaias ao Rio Grande do Sul. A polícia interveio, mas declarou-se impotente para garantir o local. Assim, a diretoria resolveu sair do prédio e retirou, por ordens da polícia, as bandeiras do Rio Grande do Sul e de São Paulo, mantendo apenas a bandeira nacional[1]. No dia 27, Cordeiro de Farias, ex-líder tenentista e apoiador de 1930, então Chefe de Polícia de São Paulo, entrevistado sobre o episódio, condenou o separatismo, afirmando que o mesmo era um crime e, por isso, tudo faria para perseguir os criminosos. Por fim, ameaçava: “posso mesmo adiantar que o ‘cordeiro’ vai virar lobo”[2].

Em 25 de fevereiro, um dia depois de Vargas ter assinado o Código Eleitoral, umas das reivindicações conservadoras para terminar com o “Governo Provisório”, foi empastelado o jornal Diário Carioca, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, ficando feridos vários linotipistas e jornalistas[3]. A invasão do periódico havia sido praticada por uma tropa de cinqüenta militares do 1º Grupo de Cavalaria divisionária, ligados ao Clube 3 de Outubro[4], uma das principais bases de sustentação do governo Vargas, fundado no Rio de Janeiro em fevereiro de 1931, e abertamente contra a reconstitucionalização do País, bandeira que o jornal passara a defender. Maurício Cardoso, ainda Ministro da Justiça prometeu punir com rigor os culpados, enquanto Vargas anunciou publicamente que tomou providências nesse mesmo sentido. No dia 27, jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo não circularam em protesto contra o ataque ao Diário Carioca, enquanto a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) ofereceu a sua sede para a diretoria do jornal, marcando a volta da censura à imprensa. O empastelamento seria utilizado como argumento central para a defesa da reconstitucionalização do País.

Os libertadores rio-grandenses, setor hegemonicamente pecuarista das classes dominantes sulinas, que desde a formação da Frente Única Gaúcha, em 1928, a qual elegeu Getúlio Vargas para a Presidência do Rio Grande do Sul, iriam romper com o “Governo Provisório”, em apoio aos paulistas. Com o ataque ao jornal, Baptista Luzardo (Chefe da Polícia do Distrito Federal desde outubro de 1930), Lindolpho Collor (Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio) e Maurício Cardoso, enfim, encontraram a justificativa para deixar o ministério de Vargas. Com eles, saíram João Neves da Fontoura, ex-líder da Aliança Liberal, que era consultor jurídico do Banco do Brasil, e mais alguns aliados. Aos poucos, começou-se a construir o apoio do Partido Libertador (PL) gaúcho e de importantes lideranças do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) aos paulistas. Depois de quarenta anos, em 14 de março, o liberal-conservador Assis Brasil voltava a se aproximar de Borges de Medeiros, em um encontro intermediado por Flores da Cunha, naquele momento, interventor do Rio Grande do Sul. No dia 26, Assis Brasil saiu do Ministério da Agricultura.

No Rio de Janeiro, capital da República, aumentavam também as manifestações pró-Constituinte. Em 2 de maio, a Chefia de Polícia distribuiu uma nota à imprensa, autorizando o comício solicitado pela União Paulista do Distrito Federal e pela Federação dos Acadêmicos Paulistas do Distrito Federal, organizada para o dia 7. Porém, o local solicitado para o comício foi negado. Das escadarias do Teatro Municipal, o evento foi transferido para a Esplanada do Castelo, por ordem da 4ª Delegacia Auxiliar, que cuidava da ordem social e política.[5] No dia do comício, a polícia cercou a Esplanada, intervindo com a cavalaria, após manifestações contrárias provocadas por integrantes do Clube 3 de Outubro.

Concomitantemente, o operariado de São Paulo, já então o mais pujante do Brasil, em luta contra uma burguesia industrial reacionária, ideologicamente assentada no passado escravista e que resistia aos novos direitos trabalhistas e sociais, começava novos movimentos grevistas.

Não conseguindo evitar o movimento grevista dos sapateiros e dos ferroviários, alegados como de caráter comunista, Cordeiro de Farias determinou medidas severas contra a organização do movimento, em 5 de maio. Os motivos para as medidas policiais, segundo a Chefia de Polícia estavam nas ações violentas dos grevistas, que teriam cortado a comunicação de Jundiaí e São Bernardo, disparado tiros contra um comboio da São Paulo Railway, além de buscarem adesão dos trabalhadores dentro das fábricas.

No dia anterior, também havia iniciado a greve geral dos operários de fábricas de vidro, decidida pelo sindicato filiado a Federação Operária de São Paulo, reivindicando aumento de 30% dos salários, além do reconhecimento do sindicato e readmissão de sindicalizados e grevistas demitidos.

No dia seis, seiscentos ferroviários de Santos aderiram ao movimento[6], juntando-se ao pessoal de Jundiaí, São Bernardo, Barra Funda e parte dos operários de Pari. Os sapateiros queriam efetivação da jornada de oito horas de trabalho, abolição do trabalho por contrato nas máquinas, suspensão do trabalho dos menores de catorze anos, abolição do trabalho a domicílio, higiene nos locais de trabalho, abolição das multas e suspensões, aumento de 25% para os diaristas e pagamento semanal para todos os trabalhadores da indústria. A reivindicação dos ferroviários resumia-se ao aumento salarial de 10 a 20%; a readmissão de demitidos por economia; salário igual para trabalho igual; medidas de higiene nos locais de trabalho; respeito aos dispositivos das leis do trabalho e respeito absoluto ao direito de greve.
A direção da São Paulo Railway pediu providências para a polícia e, de imediato, Cordeiro de Farias reuniu-se com Bráulio de Mendonça, chefe do gabinete de investigações, e Costa Ferreira, delegado da Ordem Política e Social, os quais decidiram agir com energia.
Mas como sempre, em um processo histórico em que a luta de classes não se dissipa no meio das lutas entre as frações das classes dominantes, o empresariado paulista, que fazia de tudo para voltar ao centro do poder federal, não vacilava diante das greves operárias. Na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), uma reunião de empresários resolveu pedir garantias à polícia para os que quisessem continuar trabalhando. Com isso, a Força Pública passou a vigiar as oficinas da São Paulo Railway.[7] Praças da cavalaria e da infantaria da Força Pública também guardavam outros estabelecimentos comerciais e industriais.

Depois de cinco dias de greve, os garçons e os trabalhadores da construção civil aderiram ao movimento. A repressão continuou, sendo que só no dia 9, a polícia prendeu em torno de sessenta grevistas, entre garçons e cozinheiros, apesar dos protestos do sindicato. No mesmo dia, o Sindicato dos Operários em Fábricas de Vidros denunciou que os proprietários da Fábrica Baroré, acompanhados de soldados com carabinas embaladas, estavam procurando os operários nas suas residências particulares, obrigando-os, pela força, a voltar ao trabalho. Citava também o caso do operário Carlos Tabuzo, representante do sindicato, que fora preso, quando levava ao proprietário da Fábrica Baroré uma proposta de solução do conflito. Além disso, muitos outros operários tinham sido presos na frente do estabelecimento. A mesma atitude vinha sendo tomada pelo delegado regional de Santos, que só no dia 10, prendeu mais de sessenta ferroviários.

No dia 11, cerca de trinta mil operários em fábricas de tecidos de São Paulo, entraram em greve. O início da greve foi motivado pelas seguintes reivindicações: a efetivação das oito horas de trabalho; o aumento de 20% de contramestres e setores abaixo; a abolição do serviço extraordinário; salário igual para serviço igual; o aceite de profissionais do sexo masculino; a colocação em vigor do Código dos Menores; o cumprimento da Lei de Férias; a abolição da caderneta estadual do trabalho e da carteira profissional; o reconhecimento da “União dos Operários nas Fábricas de Tecidos” e a negativa de organização de comissões operárias nas fábricas.

No mesmo dia do início do movimento, apesar da greve pacífica, a cavalaria deu uma carga contra os operários, ferindo vários grevistas. Vários conflitos ocorreram na Mooca e na Vila Mariana, enquanto que o bairro do Braz foi ocupado militarmente, pois segundo Cordeiro de Farias, no local, ocorreu choque de “desocupados” com a polícia. O argumento para a repressão era o de sempre: “atrás dos grevistas, estariam os agitadores estrangeiros”. Assim como no Rio de Janeiro, Getúlio Vargas e o jornal O Globo afirmaram que por trás das greves estava o “dedo comunista”, enquanto que o Diário da Noite, não considerava legítimas as aspirações do operariado brasileiro pelos motivos alegados.[8]

No dia 12, os ferroviários da São Paulo Railway decidiram realizar uma assembléia no teatro Carlos Gomes, na Lapa. Logo depois do início da reunião da categoria, chegou ao local uma comissão de doze pessoas da União dos Tecelões e dos Trabalhadores em Fábricas em Tecidos, em apoio ao movimento. No meio da reunião, em torno das quinze horas, entraram no teatro alguns inspetores de polícia, que subiram ao palco, interrompendo o orador e decretando voz de prisão para os dois comitês dirigentes das greves, evacuando o auditório, disparando tiros. Um operário saiu ferido no braço devido a um projétil de arma de fogo. Todos os dirigentes presos, com exceção de um que conseguiu fugir, foram levados para o prédio central da polícia de São Paulo.

À noite, em uma reunião na Federação Operária de São Paulo, enquanto falava um representante da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), organizada pelo Partido Comunista do Brasil, a polícia invadiu o local, prendendo quase todos os representantes dos sindicatos que estavam no local, bem como integrantes da Federação e da Central.[9]

A greve de São Paulo ampliava-se cada vez mais, atingindo os principais centros de atividade industrial do estado. No dia 16, destacamentos da polícia, de armas embaladas, passaram a guardar também os hotéis, bares, restaurantes e cafés, atendendo aos pedidos de garantias feitos pelos proprietários, que estavam com medo de depredações. Crescia também a greve dos garçons. Ao mesmo tempo, a polícia anunciava a prisão de muitos e “conhecidos elementos extremistas”, que procuravam “lançar anarquia no meio do operariado”. Enquanto liberava outros operários, mantinha presos os integrantes do Partido Comunista do Brasil, que haviam sido detidos desde o início das greves e considerados como “infiltrados no movimento”.[10] Os operários paulistas presos, em 17 de maio, declararam-se em greve de fome, enquanto os industriais mantinham-se irredutíveis, não aceitando as reivindicações, e seguindo a orientação do Centro das Indústrias e da política do Departamento do Trabalho.
A repressão intensa colaborava para fazer com que a força do movimento grevista começasse a diminuir, terminando a greve dos ferroviários da São Paulo Railway, com vários demitidos. No mesmo dia, a polícia paulista, a fim de prevenir “qualquer manifestação política”, proibiu a realização de comícios operários em praças públicas.[11] Os sindicatos de várias categorias continuavam denunciando a forma violenta com que a polícia vinha tratando as suas categorias, em contraste com o modo pacífico com que seguiam os movimentos grevistas.
Com a continuidade da greve dos padeiros, em 21 de maio, Bráulio de Mendonça Filho ordenou o fechamento do Sindicato dos Manipuladores de Pão e levou para a sede da entidade um grande número de autoridades e agentes policiais. Com o sindicato lotado de associados, a polícia obrigou a direção a abandonar o local e fechar as portas da sede. Diante da resistência dos operários, a polícia passou a agir violentamente: tiros para o ar e bombas de gás lacrimogêneo apressaram o serviço, enquanto os trabalhadores eram empurrados escada abaixo para fora do prédio. Reforços foram pedidos e a central de polícia enviou mais vinte homens da cavalaria. Os grevistas continuaram a resistir e, na frente da sede, nova carga de gás foi usada pela repressão. Três carros da polícia foram lotados com operários, num total de duzentos presos, que foram levados para o Gabinete de identificação.[12]

Na conjuntura das greves de São Paulo (que atingiu duzentos mil trabalhadores, sendo cem mil têxteis) e do Rio de Janeiro[13], o Ministério do Trabalho passou a trabalhar decididamente pela implementação das comissões mistas de conciliação, procurando dirimir os conflitos entre operários e patrões[14], enquanto aumentavam as identificações dos grevistas e comunistas que participavam dos movimentos.

A oposição à esquerda a Vargas em São Paulo, liderada pelo PCB, que ineditamente havia conseguido a legalidade no estado durante a interventoria de João Alberto, entre 26 de novembro de 1930 a 25 de julho de 193, se fortalecia na conjuntura das greves do primeiro semestre de 1932. As classes dominantes de São Paulo, temendo o avanço comunista e alicerçados em seu liberalismo conservador, defendido sobretudo pelo O Estado de São Paulo, à direita, aprofundavam suas baterias políticas contra Getúlio Vargas.Tendo como mote a reconstitucionalização do Brasil e a “volta à democracia”, o objetivo verdadeiro era retomar o poder central do País.

Oitenta anos depois, o PSDB, tendo no comando a Avenida Paulista e a FIESP, com as devidas proporções históricas, vive situação semelhante. Em 1932, era a farsa do discurso democrático, acusando o governo de ditatorial e defendendo uma “nova” Constituição aos moldes da Carta reacionária de 1891; em 2012, é a tragédia neoliberal que teima em não aceitar a ascensão dos movimentos sociais, tratando qualquer avanço para os trabalhadores como “populismo”.

Por isso, o 9 de julho e a Constitucionalista de 1932 são um marco para este pensamento liberal-conservador. A efeméride, assim, nada tem de democrático na luta contra uma ditadura. Foi um artificialismo político das classes dominantes paulistas. Sua essência foi a tentativa de volta ao poder, perdido em 1930.
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Notas
[1] Cf. Por ocasião dos festejos de São Vicente, houve em São Paulo graves sucessões. In. Correio do Povo. Porto Alegre, 26/01/1932, p. 5. Localizado no Acervo do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (MCSHJC/RS).
[2] Ver: Graves sucessos de São Paulo. In. Correio do Povo. Porto Alegre, 28/01/1932, p. 12, MCSHJC/RS.
[3] Cf. Foi empastelado, na noite de 25, no Rio de Janeiro, o Diário Carioca.In. Correio do Povo. Porto Alegre, 27/02/1932, p. 3, MCSHJC/RS.
[4] Cópias originais dos Estatutos do Clube 3 de Outubro de 1932 e do “Manifesto do Clube 3 de Outubro ao Povo do Brasil” (com críticas ao artificialismo do movimento constitucionalista) se encontram no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, CO-1 e CO/Panfleto.
[5] Cf. Concedida a permissão da Chefia de Polícia. In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 03/05/1932, p. 1, MCSHJC/RS.
[6] Sobre o movimento operário em Santos na década de 1930, ver SILVA, Francisco Teixeira da. Operários sem patrões: os trabalhadores da cidade de Santos no entreguerras, Campinas: Ed. da UNICAMP, 2003, especialmente capítulos 8 e 9.
[7] Cf. Greve dos ferroviários em São Paulo e Agrava-se o movimento grevista em São Paulo. In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 06 e 07/05/1932, p. 5 e 10, respectivamente, MCSHJC/RS. Ângela Araújo explica que, em São Paulo, “as greves de maio foram marcadas por uma repressão muito mais intensa e violenta do que a que se fez presente nos anos anteriores”, pois com “a mudança na interventoria com a entrada de Pedro de Toledo, em 1º de março, e a tensão política gerada, de um lado pela pressão das ‘classes conservadoras’ para a mudança do secretariado municipal e, de outro, pelas articulações revolucionárias destas mesmas classes contribuíram para o endurecimento da repressão contra os trabalhadores”. Cf. A construção do consentimento: corporativismo e trabalhadores nos anos trinta. São Paulo, Scritta,1998, p. 181.
[8] Citado em Diário de Notícias. Porto Alegre, 12/05/1932, p. 10, MCSHJC/RS. Alzira Campos considera que a partir da vinda dos técnicos policiais de Nova York, quando Batista Luzardo ainda era chefe de Polícia, é possível que tenha se “robustecido a idéia recorrrente nos relatório oficiais de que o comunismo era um dado de estrangeiros, idéia que fortalecia o mito – alentador para as elites – de que a classe trabalhadora nacional era ordeira e pacífica”. Cf. CAMPOS, Alzira Lobo de Arruda. Estrangeiros e ordem social (São Paulo, 1926-45). In. Revista Brasileira de História, v. 17, n. 33, 1997, p. 205.
[9] Cf. Prossegue a greve do operariado paulista. In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 14/05/1932, p. 10, MCSHJC/RS. Nesse momento, o Diário de Notícias de Porto Alegre, assim como os Diários Associados de Assis Chateaubriand apoiavam as classes dominantes paulistas.
[10] Ver: Cada vez mais intensa a greve em São Paulo.In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 17/05/1932, p. 12, MCSHJC/RS.
[11] Cf. Prossegue o movimento grevista em São Paulo. In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 18/05/1932, p. 10, MCSHJC/RS.
[12] Ver: A greve dos operários paulistas. Foi obrigado a fechar o Sindicato dos Manipuladores de Pão. In. Diário de Notícias. Porto Alegre, 22/05/1932, p. 1, MCSHJC/RS. Além da repressão aos sindicatos, a polícia paulista reprimiu drasticamente as organizações políticas que organizaram a greve. Só do PCB foram presos em torno de cem militantes.
[13] Zélia Lopes da Silva apresenta um quadro das greves em São Paulo de 1930 a 1934. Cf. A Domesticação dos trabalhadores nos anos 1930. São Paulo: Marco Zero, 1990, p. 135-49.
[14] O decreto n 21.396 veio a público nos finais de junho daquele ano, enquanto o decreto n 22.132, que instituiu as Juntas de Conciliação saiu em 25 de novembro do mesmo ano.

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