Conceitos

Um deles refere-se ao campo institucional. Nos dois âmbitos, nacional e os estaduais. Os partidos políticos de esquerda, em sua maioria, diagnosticaram a importância do vetor institucional como instrumento indissociável da ligação popular.

Significa que no processo histórico que vivenciamos, as forças mudancistas de várias orientações ideológicas, não podem ignorar a participação nas esferas de decisão, como elemento de fazer chegar aos mais amplos segmentos sociais as suas propostas, idéias e capacidade de resolver os problemas concretos que afligem a nação, os Estados regionais e os municípios.

 
Para tanto, torna-se imprescindível apresentar-se à sociedade com as suas propostas, experiência acumulada e condições de implementar soluções às demandas impostas pela realidade. Essa presença dar-se-á através de candidaturas próprias ou em função de governos de coalizão.

Nesse caso as coalizões representam uma espécie de prova contundente aos partidos coligados. Porque existe a convivência entre o programa comum de governo e a identidade filosófica, programática que norteia as organizações partidárias.

Deve existir além do objetivo comum, o programa básico de governabilidade extensivo a todos e condizente com os componentes do campo político. Caso contrário, surge o adesismo mais primário, a capitulação ou a desfiguração partidária.

Sábia é a força política principal que compreende, administra essa complexa equação, ampliando o leque de alianças, incorporando as heterogeneidades dos diversos setores que representam a sociedade, evitando o isolamento e assegurando uma trajetória de governança menos atribulada, dificultando as movimentações dos adversários centrais. A outra face da moeda é a doença do hegemonismo, vicejante nos tempos atuais.

Imperiosa é a expressão das idéias. Sem a qual os partidos ficam ocos, sem alma, fisiológicos. Por fim, a necessidade indeclinável da reintegração desses com os movimentos populares, interagindo com os clamores dos deserdados.