Nossa história, nossa arma!

Penso: logo existo. Éh desde que me conheço por gente ouço essa brilhante frase e penso: será que existo mesmo? Como é que sei se existo, pois o que penso ninguem sabe. Putz! Existo só pra mim. Tem algo errado! Peraê! Vou dar um adtivo a essa frase.

Penso: logo existo. Mas, num escrevo o que penso, entao metade de mim num existe na “porra” desse mundo imenso! Por alguns dias essa foi a frase que mais trancou em minha mente. E é nela que encontrei subsidios para escrever este texto.

Conclui ha alguns anos o ensino medio, mas foi re-ler os livros que com ele aprendi para revisitar meus ensinamentos. Choquei-me! Não imaginava que encontraria tão pouca contribuição dos nossos mestres, os autores da história. Pensei comigo: “O que será que aconteceu? Será que das lutas quilombolas nenhum lider negro escreveu a nossa historia? Ou ao menos deixou uma carta para seus descendentes?”

Me leva a pensar que não, pois boa parte desses registros foram escritos por pessoas que quiseram pousar pra historia como um bom protaginista; chefes de engenhos que escreveu sobre a liberdade dos seus escravos como boa ação aos negros. Europeus que semearam boa civilização entre os indigenas; e tantos outros “bons moços” da história do nosso povo. Éh! O que me levou a pensar que sim, anos antes, me fez refletir: Como será contada a historia dos que estão fazendo historia no mundo atual?

Isso me faz ter conviccão que tanto antes como agora temos nossos proprios pensadores e posssíveis escritores. Me leva a crer que os proximos livros de historia terá herois como George W. Bush – O homem que salvou o Iraque…

Éh tiu! Temos que tomar conta deste seguimento também. Quem contará a historia conteporanea do nosso povo? Vou arriscar um palpite: Luciano Hulk ganhará um premio de melhor obra sobre a história do hip-hop no Brasil em 2010.

“Vixe! Muita treta!” APC 16

Nossa história esta sendo contada de forma errada: Crime, drogas, violência… Podemos até ser protagonistas delas, mas os escritores estão ocultos! Escreveram e nos empurraram goela abaixo!

E isso veio como um alerta pra mim. Estou neste mundo há 29 anos e no hip-hop há 15. Preciso contar a minha historia, não quero ser coadjuvante dela. O que é preciso?
R. Eu escrever mais sobre ela.

Portanto descidi. Vou historificar sobre ela enquanto membro deste movimento para os interessados lêrem por quem viveu e a concepção de mundo em que ela esta relacionada para assim avançarmos.

Não vou, neste texto aprofundar sobre tal assunto e sim deixar uma alerta sobre o risco que corremos em não cuidar desse problema e já agradescer aos que já contribuem para o andamento desse processo: Shetara, Ferréz, Sergio Vaz, Toni C, MV Bill, Alessando Buzo e outros importantes historiadores do Hip-Hop, ou seria Históri-Hop?

Deixo vocês com a frase dum grande camarada meu Marcelo Buraco: “Se tiver um lápis. Não precisará de outra arma!”

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