O Brasil construído para o seu povo

A escolha de quem vai governar o Brasil é feita pelo cidadão consciente dos seus direitos democráticos, a partir de dois pontos de vista:

1. A vantagem pessoal para resolver problemas imediatos e assegurar um futuro tranquilo, ou abrir caminho para satisfazer ambições de elites dominantes; Ou

2. A melhoria das condições de vida da população brasileira com a superação dos grandes problemas – um país colonizado há 500 anos, neocolonizado desde o século18, governado pelos grupos oligárquicos nacionais aliados ao poder imperialista – que em 2002 elegeu como presidente da República um filho da classe trabalhadora o qual deu início a um programa de desenvolvimento da nação e do seu povo, libertando a sociedade progressivamente das amarras criadas pelos privilégios das elites dominantes.

O período histórico em que os oligarcas brasileiros – donos de propriedades latifundiárias, empresas industriais ou bancos, que detinham o controle financeiro e dos sistemas de comercialização (interno ou externo) e a formação cultural e de informação social – evoluiu do embate entre nacionalistas e subordinados ao poder estrangeiro. A dependência do país subdesenvolvido aceitou que o poder elitista se infiltrasse por meio da moderna tecnologia nos setores da infraestrutura do desenvolvimento nacional – da energia e transportes à formação profissional e cultural, que condicionaram a estrutura do Estado, os sistemas de saúde, de ensino, judicial, da previdência social, da segurança pública e militar, etc.

A mudança de perspectiva governamental iniciada em 2002 tem sido contínua e progressiva a favor da maioria dos brasileiros, com a extinção da fome e das condições de marginalidade em que viviam mais de 70% da população. Ninguém ignora (e o Mundo aplaude) a importância da "bolsa família" que conduz as famílias à integração social, assim como o combate persistente contra os preconceitos que discriminavam as mulheres diante do peso cultural do machismo e da violência, as diferentes origens étnicas, a falta de respeito humano pelos idosos, crianças e pessoas em situação de carências.

Ninguém desconhece a afirmação do Brasil no cenário internacional, de cabeça erguida diante da arrogância dos países ricos e neoliberais. O prestígio deste renascimento do Brasil foi registrado na formação do Brics e na sua integração a nível internacional para decidir sobre a paz e os problemas que ameaçam a sobrevivência das populações mais pobres do planeta. A consolidação deste caminho revolucionário de um Brasil autónomo e independente passa pela integração com os demais países latino-americanos aliados no apoio ao desenvolvimento e crescimento de todos na celac.

Mas, o processo de desenvolvimento ainda não está concluído, nem o Estado foi alterado para cumprir democraticamente as funções públicas, nem o "dollar" deixou de ser a referência da moeda brasileira, nem o sistema financeiro internacional deixou de impor as suas regras de mercado e o agro-negócio as suas imposições. As boas leis existem mas nem sempre são cumpridas, há corrupção como há poluição, infiltradas como o crime organizado que com a venda da droga enriquece nações ricas. São formas de câncer que apodrecem setores importantes da sociedade e da estrutura de poder. Há que criar novas vacinas.

A história do Brasil atravessa um processo revolucionário que enfrentou a ditadura e continua a limpar o país para que seja reconstruído pela população que participa e que tem consciência de cidadania.

Quando falamos em solidariedade com os mais necessitados, nossos filhos, netos e bisnetos, quando pensamos nas gerações que nos seguem e precisam ter uma oportunidade de viver com dignidade aplicando os seus conhecimentos e talentos, queremos que aperfeiçoem as condições de existência e cultivem a alegria "tão brasileira", não podemos permitir que seja interrompido um caminho – um processo de desenvolvimento democrático – da nossa pátria!

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