Queremos a paz! 

Em 1914, precisamente no dia 27 de julho, os trabalhadores realizavam um Ato na França contra a recém declarada guerra mundial. O capitalismo havia saído do casulo construído na fase concorrencial.

Agora rompendo sua infância estava inaugurando a fase monopolista, cujo caminho era o domínio do globo através da ocupação política e econômica dos países ainda não conhecedores das maravilhas industriais. Esta política de ocupação e divisão do globo, na fase do capital monopolista, tornou-se conhecida como imperialismo.


 


 


O interesse pelo lucro fez com que Inglaterra, França e Alemanha quebrassem a harmonia construída entre as nações Européias. Os códigos de paz até então eram tão fortes que a morte de um cidadão alemão por um inglês era punida com a forca pelo estado britânico.


 



Com a guerra, se um britânico mata um alemão, ou vice-versa, torna-se um homem celebrado pela defesa da honra. Os jovens europeus passaram a receber treinamentos para combater os jovens e os homens das nações agora inimigas. Os trabalhadores eram recrutados para irem à guerra.


 



Alguns líderes operários perceberam que aquela guerra fora aberta por donos de grande indústria, com o objetivo de assumir o espaço de produção, de arrecadação de matéria-prima e de força de trabalho barata, mas principalmente, de espaço para venda de mercadorias. Era a guerra da concorrência!


 



A disputa em armas estava sendo realizada pelos donos dos grandes monopólios, os maiores capitalistas que agora construíam sua entrada imperial no mundo.


 



Na Alemanha, a oposição contra a guerra e contra o ingresso dos operários numa luta armada que não lhes pertencia tinha o gesto maternal, a suavidade feminina, a força vital da mulher e o nome de bela flor: Rosa Luxemburgo.


 



Rosa organizou, com o mais belo movimento, os trabalhadores alemães e enviou o som de sua voz aos trabalhadores franceses e ingleses dizendo-lhes: – esta guerra não é dos trabalhadores, nós não devemos nos assassinar para defender os interesses dos capitalistas. Os trabalhadores devem celebrar a paz e devem construir a solidariedade internacional.


 



O dinheiro já havia embriagado e confundido os sentidos dos homens e a guerra aconteceu. Cegos, os homens executaram um barbarismo primitivo, esqueceram que eram iguais aqueles assassinados inimigos. Não perceberam que assumiram o ódio das classes dominantes para com a própria classe. Multidões foram massacradas.


 



O filósofo Bertrand Russel assim descreve o período: “Patriotas em todos os Países celebram esta orgia brutal como a nobre determinação de vingar seus direitos, a razão e a piedade são varridas por uma grande avalanche de ódio, abstrações de maldade…E toda essa loucura e fúria e morte flamejante de nossa civilização e nossas esperanças foi provocada porque os políticos, quase todos estúpidos e sem imaginação ou coração, escolheram que ela ocorresse…”.


 



A Grã-Bretânha, dirigente do maior processo evolutivo da história mundial, fracassou com a Europa e com a humanidade.


 


 



O imperialismo saiu vitorioso. As nações viraram novas colônias dos bancos, das companhias mercantis, das grandes fábricas, ou melhor dizendo, dos seus donos que construíram a guerra e depois tiraram dela os dividendos e os almejados lucros.


 


 


 



Pelo imperialismo outra guerra mundial aconteceu e guerras entre nações ainda acontecem para garantir o controle da produção econômica de bases capitalistas.


 


 



Quanto à Rosa, esta como as plantas, deu raiz a outras que continuam até hoje ecoando sua voz dizendo não ao capitalismo, não à guerra e viva a paz e a solidariedade entre os povos!   

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