Sem escola de qualidade, professores valorizados o país anda para trás

“Mais um ano se finda e outra começa. A nossa luta, porém, não cessa nunca.”

Porque sonho não se mata, como estão matando jovens pobres, lideranças sindicais rurais, lutadores da democracia. Estão matando mulheres, negros, LGBTs, mas seguiremos em frente até que ninguém mais morra por pensar e ser diferente.

Essencial também termos veículos como o Vermelho para defender a educação pública, tão maltratada pelo atual desgoverno, que elegeu as professoras e professores como inimigos para destruir a possibilidade que as filhas e filhos da classe trabalhadora têm de sonhar em melhorar de vida.

Mas é “no balanço das horas” que “tudo pode mudar”, como canta o grupo Metrô, a música de Joe e Ronaldo Santos. E vamos mudar com a nossa resistência. Não há mal que para sempre dure, diz o ditado popular e é verdade.

E para a nossa resistência ser mais contundente, precisamos andar de braços dados com todas as forças democráticas do país para derrotarmos o fascismo. Não podemos mais ver nossa juventude sem perspectivas do amanhã, não podemos mais aceitar sofrimento para as nossas crianças.

A educação nunca foi tão vilipendiada no país e em São Paulo. As escolas estão abandonadas., os profissionais motivam-se apenas pelo amor de cumprir o seu dever de ensinar, pois não têm nenhuma perspectiva de melhorias.

O quadro pintado pelo governador João Doria é o da privatização e terceirização. Nada de apresentar plano de carreiras verdadeiro e de melhorias salariais condizentes com a função mais importante entre as profissões. De Jair Bolsonaro então é que não se pode esperar nada mesmo.

Mesmo com todos esses percalços, os docentes de todo o país saíram às ruas para defender a educação pública e a democracia. E em 2020 não será diferente. A única diferença é que teremos eleições municipais e precisamos trabalhar para eleger pessoas compromissadas com a democracia e com a educação pública. Porque sem escola de qualidade e sem professores valorizados o país só anda para trás.

Neste último artigo de 2020, desejo a todas e todos, boas festas e um ano repleto de alegrias. Porque “no novo tempo”, que fazemos no dia a dia, “apesar dos perigos, da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta, pra sobreviver”, como canta Ivan Lins na canção Novo Tempo, em parceria com Vitor Martins.

O novo tempo fazemos com muita luta e o Vermelho é essencial para dar vazão ao necessário debate de ideias de maneira plural e democrática.

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