Houve um tempo em que carnaval em São Paulo era sinônimo de cidade vazia, um ótimo momento para ir a cinemas, restaurantes ou sair do Tucuruvi e chegar em Interlagos sem pegar trânsito algum. Era bom. Blocos carnavalescos já existiam aqui e ali. Depois eles começaram a se multiplicar e se espalhar pela cidade, mas ainda de forma moderada. Curte rock? Pois o Originais do Punk estava lá para você aproveitar o carnaval ao som de Cólera. Também era bom.
Por Rodrigo Casarin, no blog Página Cinco
“Eu quero é botar meu bloco na rua. Gingar, pra dar e vender.” Quando Sérgio Sampaio compôs essa música, em 1976, com alto teor político embutido, não imaginou que quarenta e três anos depois o Carnaval se tornaria, ele mesmo, um ato político.
Por Alexandre Putti, na CartaCapital:
Há 56 anos, agricultores da cidade de Várzea Alegre trocam as enxadas por instrumentos musicais para protagonizar o desfile da Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro (Esurd) no campo e na cidade.
Por Beatriz Jucá, para o El Pais
A garoa de São Paulo não impediu a festa que foi a escolha das melhores marchinhas deste ano.
Por José Carlos Ruy
A 91ª edição do Oscar, domingo (24), em Los Angeles (EUA), premiou como nunca as “minorias” de Hollywood, como negros, latinos e mulheres. Mas as críticas ao racismo e ao sexismo da indústria cinematográfica – que crescerem nos últimos anos – não tendem a diminuir, nem tampouco são problemas recentes. O preconceito está profundamente enraizado e pode ser percebido nos atores diante das câmeras, nas pessoas que comandam o setor e também na representação de grupos sociais em filmes.
A cerimônia do Oscar, em Los Angeles (EUA), neste domingo (24), não foi de todo frustrante. Ao apostar na diversidade e na pulverização do conjunto dos prêmios, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas prestigiou como nunca as “minorias” de Hollywood, como negros, latinos e mulheres. Porém, em um decepcionante anticlímax, a escolha do polêmico e convencional Green Book – O Guia como melhor filme ofuscou a festa do Oscar 2019.
Por André Cintra
O lançamento no Brasil de “Marighella”, filme de Wagner Moura inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, ocorrerá em um momento em que, quem for ver o filme, vive um contexto de confronto na sociedade semelhante aquele que Carlos Marighella viveu na década de 60 no país.
Durante as férias escolares, o irmão mais velho de Claudia de Abreu Cabral costumava contar para ela histórias com fantoches feitos de papel machê. Os bonecos eram criados por ele, assim como as narrativas dos teatrinhos. Na época, Claudia não imaginava que seu irmão se tornaria um escritor famoso, visto como um dos mais conhecidos e importantes nomes da literatura brasileira e reconhecido internacionalmente.
Por Annie Castro
Nos últimos tempos, os zeladores do chamado politicamente correto “descobriram” que Monteiro Lobato “seria racista”. O negro de seus escritos, para quem conhece o folclore e a mentalidade brasileiros, parece um negro minimizado, mas não o é.
Por José de Souza Martins, no Valor Econômico
Durante a ditadura militar, Paulinho da Viola venceu o V Festival de MPB da TV Record em 1969, graças à “Sinal Fechado”, que daria título ao único álbum de intérprete de Chico Buarque no ano de 1974, quando o regime censurou todas as músicas do autor de “Vai assar”.
Nesta semana, em meio à sucessão de escândalos e à apresentação de uma reforma da Previdência visando submeter as parcelas pobres da população a um regime ainda mais brutal de espoliação no trabalho e sujeição, o sr. Bolsonaro conseguiu encontrar tempo para comentar um filme.
Por Vladimir Safatle, na Folha de S.Paulo
Cantora e compositora carioca que festejará 75 anos de vida ativista em setembro, a cidadã brasileira Leci Brandão da Silva encarna a mais perfeita tradução política do enredo da Mangueira na presente edição do show idealizado para arrecadar fundos para ajudar a escola verde-e-rosa a pôr o Carnaval na avenida neste ano de 2019.
Por Mauro Ferreira, em seu blog no G1