A defesa da democracia e do desenvolvimento é o motor da unidade
Estamos em meio a uma revigorada ofensiva da direita. A receita de desmoralizar o PT e a esquerda, ao mesmo […]
Publicado 30/06/2015 19:03
Estamos em meio a uma revigorada ofensiva da direita.
A receita de desmoralizar o PT e a esquerda, ao mesmo tempo em que se aposta no agravamento da crise econômica é o mote que unifica os inimigos do povo, protegidos por uma avalanche incessante de mentiras e distorções veiculadas pelos jornais, TVs, rádios e portais da mídia empresarial.
Desnuda-se, dia a dia, o uso claramente político da Operação Lava Jato, com seus vazamentos seletivos, suas delações premiadas dirigidas, a condenação antecipada de quem sequer foi julgado, culminando agora com a tentativa de paralisar obras fundamentais para a nação, proscrevendo empresas de engenharia nacional, o que revela uma impressionante coincidência entre a estratégia golpista do consórcio oposicionista (mídia hegemônica, partidos de direita e mercado financeiro) com o comando da operação Lava Jato.
O uso explícito de parte do aparelho policial e judiciário contra um governo legitimamente eleito e sua instrumentalização contra o PT e a esquerda trarão sem dúvida, consequências.
Em primeiro lugar corre risco a democracia brasileira, tão duramente conquistada, ao preço do sangue de muitos lutadores.
A inserção soberana do Brasil na realidade de um mundo que caminha para a multipolaridade, buscando conjugar desenvolvimento com distribuição de renda, também sofre renhido ataque.
Diante disso, as forças progressistas devem identificar corretamente os principais desafios da conjuntura, quais sejam, a defesa da democracia e do desenvolvimento.
Recente reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB (26/6), traz valiosa indicação neste sentido: “De um conjunto de tarefas igualmente importantes, no momento, o PCdoB, destaca, em síntese, duas grandes questões. A primeira é a defesa do Estado Democrático de Direito crescentemente pisoteado por uma escalada autoritária, o que exige uma ampla mobilização de juristas, intelectuais, lideranças sociais e políticas, o engajamento dos movimentos sociais, enfim, de todos os partidários da democracia e contra o retrocesso institucional. A segunda é a retomada do crescimento da economia com distribuição de renda e geração de empregos, a defesa da Petrobrás e da engenharia nacional”.
O ex-presidente Lula opinou, nesta segunda-feira (30), que se deve “passar fortemente para a defesa do programa de crescimento, de retomada do emprego, de controle da situação econômica do país".
Em torno dessas e de outras bandeiras é que vai tomando corpo e ganhado vida a proposta da frente ampla que, como diz o próprio nome, tem que necessariamente congregar diversos setores que possam, em meio a diferentes pontos de vista, convergir para o enfrentamento sem trégua à ofensiva conservadora que ameaça a democracia visando impor à nação uma pauta neoliberal, antipopular e pró-imperialista.