Aumenta a resistência ao terrorismo de Estado de Israel

Em São Paulo, uma passeata com cerca de 4 mil pessoas marcou o domingo (6/8) com o maior protesto contra a guerra e em favor da paz no Líbano realizada até agora no Brasil. Bandeiras libanesas e palestinas ao lado das bandeiras do Brasil e de vários Partidos de esquerda deram o colorido de combate às palavras-de-ordem contra o terrorismo de Estado de Israel e ao papel do imperialismo norte-americano, que dá sustentação política, econômica e militar à ofensiva israelense no sul do Líbano. O protesto foi organizado pelo Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, no qual participam mais de 20 entidades nacionais, inclusive o Centro Brasileiro de Solidariedade e de Luta pela Paz (CEBRAPAZ). Vários dirigentes de organizações árabes formavam o pelotão de frente da manifestação, que contou também com a presença do deputado federal do PCdoB Jamil Murad, e dos deputados estaduais Ana Martins e Nivaldo Santana.


 



Na semana passada, várias outras manifestações de protesto já haviam sido realizadas, como um ato na Praça da Sé, em São Paulo, quando se reuniram mais de 1 mil pessoas, além de outros protestos na região do Brás e da rua 25 de março. Em Manaus, uma passeata com 600 manifestantes subiu a rua Eduardo Ribeiro até a Sete de Setembro, num ato suprapartidário e da comunidade árabe do Amazonas contra a guerra. Participaram do evento o CEBRAPAZ, a UEE, a UNE, o PCdoB, o PSB e o PT entre outras entidades e personalidades como a deputada federal Vanessa Grazziottin e o deputado estadual Eron Bezerra, ambos do PCdoB.


 



No front diplomático, os Estados Unidos e a França haviam proposto um projeto de resolução que foi apresentado ao Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de pôr fim ao conflito. O Líbano, entretanto, rejeitou a proposição considerando o texto favorável ao agressor israelense, não resolvendo as causas fundamentais do conflito. O texto não previa um cessar-fogo nem a retirada imediata das tropas israelenses do Líbano. O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, anunciou que vai propor nesta segunda-feira (7/8) aos países árabes, que apóiem sua decisão de rejeitar o projeto de resolução franco-americano.


 



 O primeiro-ministro libanês Fuad Siniora propôs uma fórmula que sinteticamente seria o seguinte: um cessar-fogo acompanhado por uma retirada israelense para além da Linha Azul (que marca a fronteira entre Israel e Líbano) e um posicionamento do Exército libanês na região sul do Líbano, com o apoio dos soldados da ONU e de uma força internacional de 2000 homens. Com base nestas posições é que se poderá chegar a um início de acordo para efetivamente interromper a destruição e o massacre que o Exército de Israel vem promovendo no Líbano. Mas a garantia da paz somente estará assegurada se houver a continuidade e o crescimento de inúmeros protestos dos povos do mundo inteiro contra a guerra e em favor da paz.