Brasil em festa! O povo reelege Lula presidente e derrota golpismo da direita

No curso de uma longa e radicalizada disputa pelo poder que remonta ao mês de maio de 2005, Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito presidente do Brasil. Foi uma das mais renhidas sucessões presidenciais da história da República, na qual a direita e seu sistema de mídia investiram com fúria para retomar o governo que perderam em 2002. Mas, essa determinação política do conservadorismo foi barrada pelo povo, que desde o início desta sucessão fez sua escolha e lutou por ela. O povo brasileiro mostrou sua fibra, sua consciência e foi o grande vencedor neste histórico 29 de outubro de 2006.



Foi uma vitória maiúscula: Lula obteve cerca de vinte milhões de votos à frente do adversário e mais de 60% do total de votos válidos. Esse resultado indica que a maioria da nação –tendo como base o povo — aprovou seu primeiro governo e confiou no compromisso selado por ele de realizar um segundo mandato mais ousado, concretizando, sobretudo o projeto  de desenvolvimento com distribuição de renda. 



Ao reeleger Lula com uma larga vantagem o povo deu um grito de “alto lá”, de “basta” ao golpismo da direita. É, também, um grito de basta à mídia hegemônica, que usou e abusou da mentira e da manipulação. É uma lição aos editores e colunistas arrogantes que se julgavam tutores da consciência do povo.



Mas essa vitória tem um outro lado que a qualifica ainda mais. O acirrado confronto de idéias travado agora no 2º turno levou ao crivo das urnas duas concepções de Brasil, dois conteúdos programáticos antagônicos. E o fato é que o credo neoliberal foi a  julgamento. E foi rejeitado. O confronto travado em torno do tema das privatizações simbolizou o quanto o ideário neoliberal caiu em descrédito entre o povo. Acuado por essa rejeição – – constada em pesquisa recente que registrou 70% de repúdio às privatizações – – o consórcio PSDB-PFL representado por Alckmin não teve coragem política de assumir seu programa e adotou uma postura neoliberal envergonhada.



A política externa também foi destaque nesse confronto programático. A candidatura Alckmin explicitou a concepção de um Brasil dependente e subalterno, subserviente aos Estados Unidos da América. A campanha de Lula reafirmou seu compromisso com o fortalecimento da soberania do país e com um processo de integração solidária que contribua para o desenvolvimento econômico e social dos países da América Latina. Desse modo, a reeleição de Lula tem uma importância para além de nossas fronteiras. Por isso, sua vitória é saudada pelos povos da região e pelos seus governos progressistas.



No segundo turno, portanto, houve um confronto político e programático radicalizado, polarizado. Disso resultou que Lula está reeleito com o compromisso claro e nítido de acelerar as mudanças no país. Lula está legitimado para liderar uma maioria política e social, uma forte coalizão, com o objetivo de conduzir com ousadia o país na realização de um projeto nacional de desenvolvimento com distribuição de renda.